Em abril, o volume de serviços registrou recuou em 26 das 27 Unidades da Federação em comparação a março. Em Mato Grosso do Sul o recuo foi de -6,6%, o terceiro pior índice, ficando atrás do Acre (-9,1) e Sergipe (-7,1). O dado é da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (15), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre janeiro e abril, dentre as 27 Unidades da Federação, Mato Grosso do Sul foi o único Estado que obteve influência negativa sobre índice nacional (-0,2%) e não registrou expansão na receita real de serviços.
Além disso, os dados mostram que no acumulado dos primeiros quatro meses de 2023 frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil foi de 4,8%.
O principal impacto positivo foi registrado em São Paulo (2,4%), seguido por Rio de Janeiro (5,8%), Minas Gerais (8,4%), Paraná (10,5%) e Santa Catarina (10,4%).
Frente a abril de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,7%) foi acompanhado por 23 das 27 Unidades da Federação.
Entre os estados que em destaque estão Minas Gerais (6,9%), Paraná (8,7%), Santa Catarina (10,7%), São Paulo (0,6%) e Rio Grande do Sul (5,3%).
Em sentido oposto, Mato Grosso do Sul (-1,3%), Alagoas (-1,8%) e Amapá (-4,2%) obtiveram os únicos resultados negativos do mês.
Impacto nacional
O volume de serviços no país teve queda de 1,6% em abril deste ano, na comparação com março. O recuo veio depois de altas em fevereiro e março, período no qual o setor acumulou ganho de 2,1%.
Nos outros tipos de comparação, no entanto, os serviços apresentaram crescimento: 2,7% em relação a abril de 2022, 4,8% no acumulado do ano e 6,8% no acumulado de 12 meses.
A perda de 1,6% do setor na passagem de março para abril foi puxada por quatro das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para o setor de transportes (-4,4%). Em fevereiro e março, o segmento havia acumulado alta de 7,5%.
De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo.
“Gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, afirmou Lobo.
Também tiveram diminuição os serviços de informação e comunicação (-1%); profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e outros serviços (-1,1%).
E os serviços prestados às famílias integram o único segmento com alta (1,2%), depois de uma perda acumulada de 2,2% entre fevereiro e março.
A receita nominal caiu 0,4% de março para abril, mas cresceu 8% na comparação com abril do ano passado, 10,8% no acumulado do ano e 13,9% no acumulado de 12 meses.
Pesquisa
Conforme o IBGE, a PMS foi iniciada em 2011 e produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.
FONTE: CORREIO DO ESTADO