O status de Estado livre de febre aftosa sem vacinação até 2023 também proporciona um cenário positivo para o mercado de suinocultura em Mato Grosso do Sul.

A febre aftosa é uma doença que acomete não apenas os animais bovinos, mas também um amplo grupo de animais domésticos – bubalinos, suínos, ovinos e caprinos – e silvestres – javalis, capivaras, cervídeos, bisão, búfalo africano, elefantes, girafas, lhamas, alpacas, camelos-bactrianos.

Mesmo sendo uma doença que atinge a todos esses grupos, apenas o rebanho bovino costuma ser vacinado.

De qualquer forma, a febre aftosa pode ser transmitida aos suínos que geralmente se tornam hospedeiros. Por isso é tão importante a conquista de área livre da doença.

Desse modo, a obtenção da certificação que aconteceu em abril foi muito comemorada também pelo presidente da Associação Sul-matogrossense de Suinocultores (Asumas), Alessandro Boigues.

“A aprovação de Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa sem vacinação que passa a vigorar em 2023 com certeza vai beneficiar todos os segmentos de carnes de nosso Estado, principalmente a suinocultura”, avaliou.

A certificação, segundo ele, deve garantir a abertura de novos mercados internacionais para a carne suína.

“O Estado será visto de forma diferente do que era visto no passado. É um benefício muito grande com relação a esta notícia de abertura, até porque sabemos que se um dia houver foco em bovinos, ou onde for na produção, com certeza a maneira de resolver o problema será mais ágil e rápida”, enfatizou.

Alessandro ainda pontuou que todos têm a ganhar com a notícia. Outro ponto destacado como positivo para o setor é a criação de um fundo privado de recursos para combater a febre aftosa.

“Com o fundo privado será feita a captação de recursos para atender o Estado e agregar não só o MS mas para Brasil todinho”, concluiu.

Para o secretário de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a certificação será um “upgrade” para o Estado atingir mercados internacionais de carne e elevar as exportações.

“A suinocultura estadual tem crescido de forma vertiginosa com aumento na eficiência dos produtores, tecnologia avançada e qualidade dos animais, por isso a certificação trará um ganho a mais na atividade”, disse.

Saiba mais

De acordo com o último levantamento do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a campanha de imunização do rebanho bovino sul-mato-grossense deste ano será a última antes da certificação das autoridades sanitárias nacionais e internacionais.

O Secretário Nacional de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, afirmou que Mato Grosso do Sul deixa de ser área livre de febre aftosa sem vacinação, pelo trabalho realizado pelo Governo do Estado e produtores.

Fonte: Correio do Estado