Os guardas municipais Emerson Teixeira Barbosa e Fernando Dutra de Oliveira presos ontem com porções de maconha e pasta base de cocaína vão passar por processo disciplinar administrativo e devem ser penalizados em 60 dias, segundo informou a Guarda Civil Metropolitana (GCM) neste sábado (28).
Os servidores foram flagrados com pasta base de cocaína e maconha pela Polícia Militar durante a tarde de ontem na rua Presidente Rodrigues Alves no bairro Vila Almeida em Campo Grande. Presos em flagrante, eles foram levados até a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Centro) para prestar depoimento.
Segundo consta em boletim de ocorrência, os militares faziam ronda na região quando abordou e revistou os homens que não estavam fardados. No bolso de Emerson e Fernando, foi encontrado porções de pasta base e também de maconha.
Ambos se identificaram como guardas municipais e Emerson bastante nervoso confessou que era usuário de drogas e teria comprado a droga por cerca de R$ 100 horas antes do colega. Com Fernando, os militares encontraram porções de droga e um total de R$ 561 em notas pequenas.
A polícia ainda foi no endereço de Fernando e no local encontrou vários objetos utilizados no preparo e venda de entorpecentes como peneira, colher e prato com resquício de entorpecentes, vários sacos já cortados prontos para o embalo e 1 pedaço de substância análoga a maconha.
Fernando também estava com uma motocicleta no ato do flagrante que foi apreendida e levada a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar).
Segundo a Guarda, Fernando já havia sido alvo de operação da própria Denar e atualmente estava afastado do cargo público. Já Emerson estava atuante no cargo e trabalhava como segurança no Paço Municipal.
Não é a primeira vez que servidores da Guarda se envolvem em assuntos polêmicos. Conforme já publicado pelo Correio do Estado, este ano, pelo menos 13 servidores da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande foram afastados de suas atividades. Entre esses, estão os três agentes que já foram exonerados da corporação pelo envolvimento em grupo criminoso responsável pela execução de três pessoas na Capital.
À reportagem, o secretário Municipal de Segurança Valério Azambuja, informou que a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (SESDES) tem por princípio a observância e cumprimento das leis e que a Guarda preza pela transparência nos atos administrativos e que a situação não condiz com o trabalho da corporação. “Como já ocorreu neste ano de 2019, vários servidores da GCM foram exonerados do cargo a bem do serviço público. Tão logo seja oficializada a comunicação a SESDES, referente aos fatos envolvendo os GCMs presos em flagrante ontem, todas as providências legais serão tomadas pela administração”, finalizou Azambuja.
Fonte: Correio do Estado