Pela Intenção de Consumo das Famílias (ICF), ainda que o campo-grandense com menor renda esteja comprado menos em abril deste ano – se comparado com mesmo período de 2022 -, a aquisição dos chamados “bens duráveis” (como TVs e eletrodomésticos) está longe de mira “até dos mais ricos”.

Pesquisa liderada pela Confederação Nacional do Comércio e Bens, Serviços e Tursimo (CNC), a ICF indica que a propensão de ir às compras, do campo-grandense em geral, caiu 2,3% neste mês, comparado a março.

Para quem tem renda menor que 10 salários mínimos, esse mesmo índice de consumo despencou 2,8%, enquanto para os de renda mais elevada houve o aumento de 0,1% da intenção de compra.

Conforme análise, feita por uma economista da Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul, as perspectivas profissionais estão menos otimistas, entre aqueles com menor poder executivo, ou seja, não há espera de uma melhora profissional dentro do próximo semestre.

Todo o efeito da inflação, segundo a especialista, dá a sensação de um menor poder de compra e, com uma renda menor, consequentemente, essas famílias acabam consumindo menos.

Opostos semelhantes

Para além da máxima de que “o de cima sobe e o de baixo desce”, a economista da Fecomércio ressalta o ponto em comum entre esses dois públicos, o que ninguém quer comprar TVs e eletrodomésticos nos próximos meses.

Como mostram os números, no geral, quase 71% dos campo-grandenses mostram que esse é um mau momento para comprar os chamados “bens duráveis”, enquanto a rejeição de comprar TVs e eletrodomésticos para quem recebe menos é de um ponto percentual acima, e a dos “mais ricos” de 68%.

“A avaliação sobre o momento para a compra de bens duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, por exemplo, teve importante redução, de 11,5%… um ponto em comum entre ambos os públicos”, frisa.

Além disso, quase 20% dos campo-grandenses entrevistados apontam uma maior dificuldade de conseguir empréstimo para parcelar as compras, enquanto 14,4% indicam estar desempregados.

Afinal, quando trocar a TV?

Mesmo que as tecnologias avancem a uma velocidade desenfreada, há outros sinais além da obsolescência, entre eles o consumo de energia, que podem mostrar que está na hora de trocar a televisão.

Como destaca o portal especializado TechTudo, entre os sinais da “velhice” da sua TV, vale citar:

 – Obsolescência programada

Para além de um transmissor, modelos mais tecnológicos dão acesso às redes sociais e conexões com o celular que não existem modelos antigos.

 – Aumento de temperatura

Ainda que comum com o passar do tempo, certas placas e componentes podem fazer a TV aquecer em excesso.

 – Qualidade de som

Chiados e ruídos, ou alternações gritantes de volume e até um abafado no som, podem indicar a hora de trocar a TV. Com alto-falantes integrados, quem gosta de música alta, pode ter uma vida útil menor do aparelho.

 – Qualidade de imagem

Certas linhas podem surgir na tela, que pode apresentar demais defeitos, como imagens pixelada; saturação exagerada ou monitor muito escuro, que vão além das configurações.

 – Conexões

Televisões hoje possuem uma variada gama de conexões, como entradas HDMI, USB, entre outros.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO