Ministério da Saúde descartou neste sábado (20) o caso suspeito de gripe aviária (H5N1) em um funcionário do Parque Fazendinha, em Vitória, no Espírito Santo, onde foi encontrada uma ave doente.

Em nota, o ministério informou que apenas 1 dos 33 funcionários estava em observação como caso suspeito para a doença, por apresentar sintomas gripais ao longo da semana.

O homem, de 61 anos, teve resultado laboratorial negativo para todos os alvos virais testados, inclusive para Influenza Aviária (H5N1).

Das outras 32 amostras, 30 foram negativas para todos os alvos testados e duas testaram positivo para vírus que já estão em circulação no país (Influenza A e Influenza B).

De acordo com o ministério, além do caso suspeito e descartado no Parque Fazendinha, outros três pacientes sintomáticos foram notificados no estado, sendo que um deles também já foi descartado.

Os outros dois tiveram amostras coletadas e aguardam resultado. Segundo protocolo de vigilância, os pacientes foram isolados e monitorados pelas equipes de saúde.

As amostras foram analisadas pelo laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, após encaminhamento do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Espírito Santo. O Ministério da Saúde orientou busca ativa para investigação de todas as pessoas que tiveram contato com os animais.

Na última segunda-feira (15), os dois primeiros casos positivos de aves contaminadas pela H5N1 foram confirmados no Espírito Santo. No entanto, eram duas aves marinhas, o que não traz problemas para a produção nas granjas, embora o país perca o status de jamais ter registrado um caso da doença.

A transmissão da gripe aviária ocorre por meio de contato direto com aves infectadas pelo vírus, vivas ou mortas, ou contato indireto por meio de objetos como sapatos, superfícies, produtos ou dejetos, como ninhos, ovos, fezes ou urina.

Também por acontecer por meio de água contaminada com restos ou dejetos dos animais ou que tenha visitado mercados/feiras com casos confirmados, sejam em aves ou em humanos.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a transmissão direta, de pessoa para pessoa, não é sustentada.

Mas a organização recomenda que medidas de vigilância epidemiológica sejam tomadas para monitorar possíveis alterações nos patógenos.

Os vírus da influenza, o mesmo da gripe comum, têm um histórico de sofrer mutações que levam a mudanças na capacidade de infectar organismos, tanto de humanos quanto de outros animais.

A gripe aviária afeta principalmente aves, tanto domésticas quanto selvagens. Mas já há casos de espalhamento para outras espécies de seres vivos: a cepa H3N8, por exemplo, já foi relatada em cavalos e cachorros.

Nos humanos, o primeiro registro deste subtipo foi em abril de 2022 e, um mês depois, veio a segunda confirmação, ambos na China. Informações atuais dão conta de que os dois pacientes foram infectados após contato direto com aves infectadas.

Fonte: Correio do Estado