Requerimento da CPI do Consórcio Guaicurus foi apresentado para a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande na manhã desta quinta-feira (3), contudo, a abertura, que estava marcada para hoje, foi adiada e ainda não tem data definida.

O vereador Prof. André Luis (Rede) disse que os parlamentares ainda vão se reunir para tratar sobre o início da CPI.

“A gente quer discutir, principalmente, a questão da falta de linha de ônibus, frota antiga e mal conservada, frota com manutenção precária e a questão da tarifa. Já encaminhamos à Mesa Diretora, vamos depois fazer uma reunião, da possibilidade de abertura dessa CPI, que acho que é de interesse para a comunidade”.

A declaração foi dada durante a primeira sessão ordinária da Casa de Leis deste ano. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o requerimento, que conta com pelo menos 12 assinaturas, era para ser apresentado em plenário hoje.

O vereador Clodoison Pires (Podemos) também argumentou a favor da CPI e defendeu que os relatórios sejam analisados de forma técnica, para “não apontar erros, mas buscar soluções”.

“É o papel dessa Casa de Leis levantar os problemas e buscar soluções. Foi um acordo firmado no final do ano passado sobre a CPI do transporte público”.

Vereador Marcos Tabosa (PDT), autor da primeira tentativa de instauração da CPI na Câmara, em agosto de 2021, lamentou que os ônibus estão velhos, mesmo o Consórcio tendo ganhado “milhões e milhões de reais desde 2012”.

“Mas eu acredito que através da CPI, que acredito que essa Casa vai colocar em prática, a gente vai debruçar no contrato entre a Prefeitura e o transporte coletivo [Consórcio Guaicurus], a gente vai descobrir o que está acontecendo”.

A investigação da CPI será voltada para o contrato firmado entre a Prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus, em 2012, no valor de R$ 20 milhões, com previsão de exploração do serviço por 20 anos.

Conforme André Luis, autor deste requerimento, entre os erros cometidos no contrato, serão debatidas pela Casa de Leis a redução da frota durante a pandemia de Covid-19, a idade dos ônibus em circulação e as condições do serviço oferecido ao usuário.

Para o reajuste da passagem deste ano, o acordo firmado entre a prefeitura da Capital e o Consórcio prevê que os órgãos públicos, tanto municipais quanto estaduais, paguem R$ 5,15 por passagem, enquanto para pessoas comuns e empresas o reajuste será menor, passando de R$ 4,20 para R$ 4,40, válido desde o dia 17 de janeiro.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO