Números mostram que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) em Campo Grande caíram 0,8% – frente ao mês anterior – seguindo uma queda nacional mensal de 1,5%.

Apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice aponta para 108,4 pontos de confiança no balanço nacional em maio.

Atingindo o patamar total de 119 neste mês, o índice estadual retraiu 16,1 pontos percentuais se comparado com o mesmo período de 2022.

Vale destacar que, pelo histórico do ICEC dos últimos 13 meses, a tendência de queda é observada desde novembro de 2022, quando o índice atingiu 143,4 pontos percentuais.

Segundo a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Regiane Dedé de Oliveira, a relevância desse índice está no fato de medir as perspectivas do empresário e seu otimismo em relação ao mercado; o quanto pensa em investir e contratar.

“O cenário aponta que o comerciante sul-mato-grossense está cauteloso e sabemos que a influência do que ocorre no varejo nacional também impacta localmente”, complementa.

Quando analisadas as situações pelo portes das empreas, os reflexos da redução no índice de confiança dos empresários é muito maior para aquelas empresas com mais de 50 empregados (-5,0%).

Para as que ficam do outro lado da balança, ou seja, possuindo até 50 empresários, a redução foi menor (-0,7%) do que o índice total.

Economia, comércio e empresa

Na análise dessa tríade, maior parte dos empresários ouvidos (65,8%) apontaram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, um pouco ou muito, com só 34,2% indicando qualquer sinal de melhora.

Enquanto os setores e as empresas sinalizem certo equilíbrio, o que os empresários esperam do futuro indica uma melhoria tanto para a economia brasileira quanto para a própria situação do comércio.

Quanto à expectativa da economia, um total de 72,6% dos empresários esperam um indicativo de melhora, enquanto esse percentual sobre o futuro do comércio mostram mais de 80% no aguardo de uma melhora.

Vale ressaltar que a data que deve atrair o gasto da sociedade está bem próxima, com mais de 371 milhões esperados de injeção na economia para esse Dia dos Namorados.

Com esse número sendo 56% maior do que o patamar previsto em 2022, o empresário precisa saber o que ofertar, porque o público sinaliza que quer comprar.

“É importante observar o que o consumidor busca, suas necessidades e demandas. O empresário precisa ser bastante estratégico no seu planejamento e, assim, buscar melhor assertividade nos negócios”, conclui a economista.

Dados do ICEC de maio/2023 foram coletados nos últimos 10 dias de abril, com 185 empresas da Capital.

Com o patamar nacional sendo de 108,4 pontos em maio, foi registrada queda de 1,5% no Icec geral, onde menor confiança também ocorreu na comparação anual, com queda de 9,8%, sendo a maior retração no comparativo desde abril de 2021.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO