A mais nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que os preços do frete praticados em Mato Grosso do Sul, para os principais portos do País, estão em queda. O decréscimo no preço dos combustíveis e o término da colheita do milho segunda safra estão entre os fatores responsáveis destes recuos.

De acordo com o boletim, na comparação entre agosto e setembro deste ano são verificadas quedas consideráveis em todos os municípios sul-mato-grossenses que escoam a produção de grãos. No entanto, quando a comparação é feita com o mesmo período do ano anterior, os números apontam para uma elevação de preços que acabam por subir os custos da produção.

Saindo de Aral Moreira, tendo como destino Maringá e Paranaguá – ambos no Paraná – os preços de frete caíram 26% e 14%, respectivamente. Em valores, os preços por tonelada foram comercializados – em setembro deste ano – a R$ 110 para Maringá e R$ 218 para Pananaguá. Já na comparação com setembro do ano passado, os preços dos fretes ficaram mais altos 38%, para Maringá; e 77% para Paranaguá.

Outra relação importante é quando a produção agrícola sai de Ponta Porã. Neste caso, os fretes para Maringá, Paranaguá e Santos caíram 15% entre agosto e setembro deste ano. Para Maringá, o preço da tonelada foi de R$ 125. Já para Paranaguá chegou a R$ 230 e para Santos, em São Paulo, o valor atingiu R$ 284,90. Quando a comparação é feita com setembro do ano passado, os preços ainda estão muito altos. Para Maringá a elevação foi de 44%. Já para Paranaguá, o frete ainda está 80% mais caro e para Santos a elevação se encontra em 78%.

Quando a produção sai de Dourados na comparação entre agosto e setembro, o valor do frete ficou em R$ 118, com queda de 21%. Entretanto, na comparação com setembro do ano passado, a alta de preços foi de 57%. Quando o destino é Paranaguá, a queda em 30 dias foi de 31% com o preço ficando em R$ 172,50. No acumulado do ano, o preço do frete ainda está com alta de 23%. No caso de Dourados, a situação do custo do frete para Rio Grande, no Rio Grande do Sul, mostra números que traduzem melhor o peso da inflação do ano passad e início deste ano. Entre agosto e setembro houve queda de 4% com o preço do frete por tonelada saindo a R$ 265. Já na comparação com o ano passado, a alta de preços foi de 83%.

Em outros municípios que produzem e escoam soja, farelo de soja e milho, como, por exemplo, Caarapó, Chapadão do Sul, Macaraju, Naviraí, Sao Gabriel do Oeste e Sidrolândia, os comportamentos de preços no frete por tonelada também oscilaram de maneira semelhante. De Sidrolândia para Santos, a alta no preço é de 80%, com o valor de R$ 288,48.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO