Com 42% da safra de soja 2021/2022 colhida, Mato Grosso do Sul apresenta 31% das lavouras em condições ruins, quando há alto grau de perda produtiva, enquanto outros 36% são avaliados como regulares e 33% estão em boas condições, ou seja, com alta produtividade.

De acordo com o boletim do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), as piores condições são percebidas no sul do Estado. As cidades produtoras dessa região enfrentaram graves problemas climáticos, como estiagem e chuvas esparsas.

O levantamento aponta que 45% das plantações da região sul se encontram em condições ruins, e os outros 55% em condições regulares, ou seja, não há plantas em condições boas.

Quando considerada a região sul-fronteira, a situação é ainda pior, pois 65% da área se encontra em situação ruim e 35% em condições regulares.

Apesar da quebra considerável, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS (Aprosoja-MS) aponta que a área plantada continua estimada em 3,776 milhões de hectares, aumento de 7% quando comparada com a área da safra 2020/2021, que foi de 3,529 milhões de hectares.

A produtividade estimada foi revisada para 50,60 sacas por hectare, gerando uma expectativa de produção de 11,4 milhões de toneladas.

PREJUÍZOS

Conforme adiantado pelo Correio do Estado na edição de 22 de janeiro, os prejuízos para a safra de soja 2021/2022 devem ultrapassar R$ 3,5 bilhões.

A projeção inicial é que seriam colhidas 12,7 milhões de toneladas nesse ciclo, e o último levantamento já aponta para 11,4 milhões de toneladas, redução de 1,3 milhão de toneladas ou 10,23%.

A projeção realizada pela reportagem é norteada por dados disponibilizados pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), com base no relatório do Siga-MS, e pela consultoria técnica de agentes do setor.

O preço médio da saca de milho com 60 kg ficou em

R$ 163 em 2021. Considerando que 1,4 milhão de toneladas são 21,666 milhões de sacas de soja, o prejuízo estimado para a safra de soja 2021/2022 é de R$ 3,531 bilhões até o momento.

Fonte: Correio do Estado