Projeto do governo federal deve beneficiar mais de 500 escolas públicas de Educação Básica de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o anúncio feito ontem, a iniciativa tem por objetivo universalizar a conectividade de qualidade nessas instituições públicas de educação até 2026.

Em uma parceria entre os ministérios da Educação e das Comunicações, o projeto Escolas Conectadas vai promover o acesso à internet rápida em mais de 138 mil escolas (171 em MS), com investimento de R$ 8,8 bilhões.

As 171 instituições de ensino do Estado representam 13% das 1.354 escolas públicas de Educação Básica de MS. Atualmente, Mato Grosso do Sul já conta com 1.183 colégios com acesso à banda larga fixa de fibra óptica.

Outro desafio é levar conexão via Wi-Fi para 501 instituições de ensino públicas sul-mato-grossenses.

Para além da necessidade de levar internet ao ambiente escolar, a intenção é garantir que esse acesso seja de qualidade e verificado. A meta é garantir conexão por fibra óptica ou via satélite com velocidade de pelo menos 1 Mbps por aluno. Em Mato Grosso do Sul, são 568,4 mil matrículas na Educação Básica.

No momento, as informações do governo federal indicam que o Estado tem 213 escolas com velocidade de internet monitorada e adequada; 707 com velocidade monitorada, mas de qualidade insuficiente; e 434 sem nenhum tipo de monitoramento.

No Estado, há duas escolas que não têm acesso à energia elétrica ou que têm somente acesso à eletricidade por meio de gerador fóssil. Para essas unidades, será viabilizada a conexão com a rede pública de energia ou com geradores fotovoltaicos.

“A educação das nossas crianças e jovens não pode esperar. Temos que ter um trabalho imenso para recuperar a capacidade dessas crianças voltarem a aprender. Com internet de qualidade em todas as escolas, o filho do pobre terá a mesma qualidade de ensino que o filho do rico”, afirma o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

EIXOS

A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas é dividida em quatro eixos: implantação de infraestrutura de rede de acesso à internet em alta velocidade; garantia do acesso à internet com velocidade adequada; instalação de redes Wi-Fi nas escolas; e fornecimento de energia elétrica.

“Vamos contribuir com a aprendizagem digital e com o aperfeiçoamento da gestão das escolas. Os professores poderão usar recursos pedagógicos para melhor ensinar o conteúdo, e os alunos serão incluídos no mundo digital em que vivemos hoje. O governo federal vai investir pesado para que todas as escolas públicas desse país tenham uma internet de altíssima qualidade”, esclarece o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

A Região Nordeste é a que tem maior quantidade de escolas que passarão a ter internet de qualidade, totalizando 49.953 instituições. Em seguida está o Sudeste com 40.365 escolas, o Norte com 20.366, o Sul com 19.826 unidades de educação e o Centro-Oeste com 7.845 instituições.

INVESTIMENTOS

Serão investidos R$ 8,8 bilhões para as ações relacionadas ao Escolas Conectadas. Do total, R$ 6,5 bilhões são do eixo Inclusão Digital e Conectividade do novo PAC, que serão destinados para a implantação de conexão à internet e rede interna nas escolas.

Os recursos são provenientes de quatro fontes: o leilão do 5G, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), o Programa de Inovação Educação Conectada (Piec) e a Lei nº 14.172/2021.

Os R$ 2,3 bilhões adicionais são provenientes de três fontes: R$ 1,7 bilhão da Lei nº 14.172/2021, R$ 350 milhões do Piec e R$ 250 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO