Balanço do Observatório Nacional da Indústria aponta que, Mato Grosso do Sul estima chegar, neste ano, em 23.521 vagas para profissionais com formação em nível técnico.

Baseado no Mapa de Trabalho Industrial 2022-2025, o hub de dados do Sistema Indústria aponta que pelo menos 795 do total de vagas se referem à primeira formação.

Nesse balanço de quatro anos, até 2025 – em todo território nacional – o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais.

Confira abaixo a demanda por formação em MS, pelo nível de qualificação.

Ainda, o Sistema Fiems lista as ocupações, para qualificações em nível técnico, de cursos que possuem carga horária entre 800h e 1.200h (1 ano e 6 meses), destinadas para alunos matriculados ou que tenham saído do ensino médio. Confira:

Ocupação técnica

Demanda em formação inicial

Demanda em aperfeiçoamento

Controle da produção 388 2.196
Em operação e monitoração de computadores 204 948
Em eletrecidade e eletrônica 130 869
Especialistas em logísticas de transportes 154 783
Em eletrônica 257 677

Para Mato Grosso do Sul, nesse período até 2025, será  necessária a qualificação de 137,5 mil pessoas nas chamadas ocupações industriais.

Desse total, estima-se que 26,8 mil em formação inicial servirão para repor os inativos, além de preencher novas vagas. Outros 110,6 mil são para trabalhadores que devem se atualizar, como bem ressalta a importância o gerente de Educação do Senai, Rogaciano Adão Canhete Jr.

“Há muitos profissionais que necessitam de aperfeiçoamento para adequação aos novos processos de tecnologia, tendo ainda oportunidade para quem ainda não ingressou no mercado de trabalho através de uma formação inicial”, afirma. Rogaciano.

Por fim, diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, reconheceu – ainda em 2022 – que será indispensável o aperfeiçoamento da mão de obra até 2025, para que aconteça de fato uma recuperação do mercado formal, que deve ser lenta.

Para ele, esse é um momento de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de reformas estruturais (como a tributária) estagnadas, informalidade e altos índices de desemprego.

“Nesse contexto, o Mapa surge para que possamos entender as transformações do mercado de trabalho e incentivar as pessoas a buscarem qualificação onde haverá emprego. E essa qualificação será recorrente ao longo da trajetória profissional. Quem parar de estudar, vai ficar para trás”, finaliza.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO