A produção de soja em Mato Grosso do Sul deve chegar a 12,3 milhões de toneladas na safra 2022/2023, o que dará um aumento de 41,72% na comparação com a anterior.

A área plantada vai aumentar 2,5%, atingindo um total de 3,8 milhões de hectares.

E a produtividade será de 53,44 sacas por hectare, elevando-se em 38,27%.

Os números foram anunciados pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja MS), André Dobashi, na companhia de Jaime Verruck, Secretário de de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul).

Para André Dobashi, o produtor rural terá um aumento de custo na produção e, por isso, a área plantada crescerá apenas 2,5% nesta safra.

Dobashi deixou claro que não há risco de desabastecimento de fertilizantes no Brasil e assumiu que os preços se elevaram.

Quanto à mudança dos defensivos agrícolas – os populares agrotóxicos -, Dobashi disse que os produtores rurais estão aprendendo a lidar com o banimento do paraquate e do carbendazim.

O secretário Jaime Verruck destacou que, apesar da área plantada crescer apenas 2,5% nesta safra, nos últimos quatro anos foram plantados 500 mil hectares de soja a mais.

Verruck disse, ainda, que a agricultura no Estado cresce e vem promovendo a diminuição das áreas degradadas pelo antigo sistema de pecuária extensiva.

“O que antes eram 8 milhões de hectares, hoje se encontra em seis milhões e vai diminuir ainda mais porque há pesquisa e planejamento”, detalhou Verruck.

O secretário frisou também que a produção de milho ultrapassará a barreira dos 10 milhões de toneladas. Ano passado, o número ficou em 6,5 milhões de toneladas.

Já o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, informou que o produtor rural teve o crédito rural facilitado e que os governos – tanto o federal, quanto o estadual – estão falando a mesma língua do produtor.

Bertoni deixou escapar que o Brasil precisa desenvolver um meio mais justo de promover a reforma agrária para evitar que haja invasões de terra.

Ele disse que a entrega dos títulos de propriedade de terras a milhares de pequenos produtores rurais ajudou a combater a insegurança jurídica no campo.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO