Um ano sem estiagem prolongada, nem geadas e um resultado acima das expectativas na produção de milho em Mato Grosso do Sul.
A produtividade cresceu 101%, com 96 sacas por hectare e a produção superou a barreira de 11,4 milhões de toneladas, elevando-se em 75,8% e tornando-se o segundo maior resultado da história do milho no Estado.
Esses dados são oriundos do Boletim da Casa Rural do Sistema Famasul, que entabulado e elaborado pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS) e da Associação de Produção de Milho e Soja (Aprosoja-MS).
O sistema apontou que a área colhida de milho chegava a 99,5% das lavouras.
Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), comemorou o resultado destacando que – inicialmente – a produção esperada era de pouco mais de 9 milhões de toneladas de milho safrinha.
O secretário disse, ainda, que o melhor desempenho de todos os tempos foi o da safra de 2018/2019, com um resultado de 12,1 milhões.
“Com este boletim divulgado pelo Siga-MS estamos realinhando o tamanho da safra, que passou de uma colheita de 78 para 96 sacas de milho por hectare. Isso representa 11,442 milhões de toneladas. Uma grande safra neste ano”, afirmou Jaime Verruck .
Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, e divulgado no Boletim Rural até o dia 26, o Mato Grosso do Sul já havia comercializado 50,20% do milho 2º safra 2022, que representa 20 pontos percentuais abaixo do índice apresentado em igual período de 2021.
Ele ainda destacou que existe muito milho a ser comercializado no Estado de Mato Grosso do Sul.
Hoje, segundo Verruck, Mato Grosso do Sul consome metade da produção interna.
“Atualmente a demanda interna do Estado fica em 6 milhões de toneladas, e já somos tradicionais ‘exportadores’ para outros estados. Santa Catarina, por exemplo, é um grande comprador de milho sul-mato-grossense”, acrescenta.
Para o secretário, a produção significativa da safrinha de milho ajuda a direcionar Mato Grosso do Sul na meta de se tornar um Estado Multiproteína.
“Dentro da lógica do Estado de buscar ser Multiproteína é essencial que o Estado seja um grande produtor de milho como aconteceu este ano para que a gente possa continuar na estratégia de alavancar a suinocultura, avicultura e a pecuária”, sinalizou Verruck.
Ele reforça, ainda, que transformar o milho em proteína animal atende a estratégia de diversificação e encadeamento das cadeias produtivas das carnes.
“Lançamos recentemente o Proaves que visa ampliar a produção de aves no Estado, avançamos na suinocultura e na intensificação do confinamento na pecuária no Estado. Estamos no caminho”, conclui.
FONTE: CORREIO DO ESTADO