Campo Grande segue com inflação pressionada em abril, aponta prévia oficial da inflação. Divulgada na manhã desta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) da Capital está entre os três maiores do país por mais um mês.
Os preços medidos pelo IPCA em abril ficaram pressionados em 1,21%, Campo Grande ficou com a terceira marca entre as cidades pesquisadas, empatada com Belém, no Pará e Brasília.
As três capitais ficam atrás apenas de Rio de Janeiro (1,39%) e Aracaju (1,36%). A média nacional esteve em 1,06%, em doze meses o Brasil soma 12,13% de inflação.
Em comparação com a parcial de março, a inflação na capital recuou 0,51 ponto porcentual. Naquela ocasião, Campo Grande foi a quarta maior inflação pesquisada como acumulado de 1,72%.
Nos últimos 12 meses, a variação acumulada saltou de 12,06% para 12,82%.
Nos primeiros quatro meses, Campo Grande apresenta acumulado da inflação no patamar de 4,69%. Em comparação com o indicador de 2021, abril apresenta alta considerável.
No mesmo período do ano passado, a inflação recuava 0,84%, causando certo alívio para o cidadão, ao contrário de agora.
Vilões
Os grupos de artigos de residência, alimentos e transportes são os três principais vetores de alta do IPCA de abril. Pressionados desde o começo do ano, alimentos têm se mostrado um peso a mais no bolso do brasileiro.
O grupo de alimentos e bebidas atingiu 2,02% de alta em abril na comparação com março. Parte desse aumento ainda pode ser reflexo da alta dos combustíveis de março. Nesta semana, a Petrobrás anunciou alta de 9% no preço do Diesel nas refinarias, o que deve ser passado para o frete de alimentos e artigos imediatamente.
Até por esse motivo, os transportes seguem pressionados em MS. O grupo teve alta de 1,77%, em abril e deve ser mais um problema, tendo em vista que a estatal brasileira já anunciou defasagem no preço da gasolina.
À frente destes dois grupos está apenas o de artigos de residência. O grupo teve alta de 2,22%, movido pelos reajustes nos preços de mobiliário, eletrodomésticos e equipamentos, assim como TVs e aparelhos de som.
Nacional
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi 1,06% e ficou 0,56 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (1,62%). Foi a maior variação para um mês de abril desde 1996 (1,26%).
No ano, o IPCA acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em abril. A maior variação (2,06%) e o maior impacto (0,43 p.p.) vieram de
Alimentação e bebidas
. Na sequência, vieram os Transportes (1,91% e 0,42 p.p. de impacto). Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril. Além deles, houve aceleração em
Saúde e cuidados pessoais (1,77%) e Artigos de residência(1,53%). O único grupo em queda foi Habitação (-1,14%). Os demais ficaram entre 0,06% de Educação e 1,26% de Vestuário.
FONTE: CORREIO DO ESTADO