A Prefeitura de Campo Grande abriu mão e acatou a recomendação de novas medidas de segurança divulgadas pelo Governo do Estado na manhã desta quarta-feira (10). As novas medidas começam valer a partir deste domingo e tem validade de 14 dias.
Depois de uma tarde de reuniões com representantes do comércio, Defensoria, Ministério Público e OAB, o prefeito Marquinhos Trad (PSD), informou em entrevista coletiva que vai seguir o protocolo de medidas de restrição divulgado pelo Governo por meio de decreto.
“Nós queremos uma recuperação sem matar a economia, por isso nos reunimos com todos os setores e tomamos essa decisão. O comércio nos pediu cinco dias para que eles se adaptassem, então a mudança será decretada a partir de domingo”, disse o prefeito.
O procurador-chefe do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul),Alexandre Magno Lacerda informou que vão cobrar com firmeza que as medidas sejam cumpridas com “vigor da Polícia Militar”, para que as pessoas deixem de aglomerar.
Também presente na reunião, o presidente da OAB/MS, Mansur Karmouche, disse que ia ligar para o governador Reinaldo Azambuja pedindo o reforço da Polícia Militar na fiscalização do “desrespeito da juventude”, do Estado.
Marquinhos informou ainda que 1 mil homens da Guarda Civil Metropolitana serão designados para a fiscalização de aglomerações e do toque de recolher, a partir de hoje.
Na próxima quinta-feira (18), os representantes se reunirão novamente para avaliar os efeitos das novas medidas. O objetivo é que haja diminuição do contágio e de internações do Covid.
“As secretarias municipal e estadual estão buscando alternativas para que o número de leitos seja aumentado nos hospitais do Estado. Nós já abrimos 12 leitos de UTI exclusivos para pacientes SUS. 40 leitos no Hospital Adventista do Pênfigo, sendo 30 para pacientes covid e 10 para não covid e sete leitos semicríticos para retaguarda no Hospital de Câncer Alfredo Abrão. A expectativa ainda é que a gente abra na semana que vem mais 30 leitos no Hospital São Julião e cinco na Santa Casa”, descreveu o secretário de saúde do município, José Mauro.
Conforme decreto, Durante o período, poderão funcionar somente os serviços de saúde, de transporte, de alimentação por meio de delivery, farmácias e drogarias, funerárias, postos de gasolinas e indústrias.
Dados
As medidas tentam conter o avanço da doença na Capital e no Estado. Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de hoje, o Estado bateu novo recorde de internados nesta quarta-feira (10). Ao todo, são 754 pessoas hospitalizadas, sendo 419 em leitos clínicos (275 público; 144 privado) e 335 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (253 público; 82 privado).
Nas últimas 24 horas, foram registrados 25 mortes e 1.237 casos.
De ontem para hoje, Campo Grande registrou 409 novos casos.
Fonte: Correio do Estado