A alta procura imobiliária e o número elevado de residências construídas em Campo Grande contribuíram com o aumento de 2,13% no preço médio de venda residenciais em março deste ano na capital. Os dados são do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 14º Região (Creci- MS).

O número é medido pelo índice FipeZAP+, que acompanha o comportamento dos preços em 50 cidades brasileiras. No acumulado do mês o Brasil manteve a alta observada nos meses anteriores e registrou aumento de 0,55% no período.

Ao todo 47 das cidades monitoradas apresentaram elevação no índice de venda e 15 delas como: Goiânia, Campo Grande, Manaus, Vila Velha e Vitória superaram a inflação ao consumidor.

De acordo com boletim Focus -relatório de mercado desenvolvido pelo Banco Central- em janeiro o reajuste foi de 0,53% e, em fevereiro, de 0,49% -acumulando uma alta de 1,58%, ao final do primeiro trimestre no ano.

O economista Michel Constantino explica que o crescimento do home-office e o fechamento das escolas, devido à pandemia de Covid -19, influenciaram a alta procura de imóveis e, consequentemente, o aumento dos índices imobiliários nos anos de 2021 e 2022.

Segundo Constantino, a demanda cresceu exponencialmente com o novo comportamento de consumo e baixa tarifária de juros no intervalo.

“Em 2020 e 2021 a dinâmica do mercado imobiliário mudou. Tivemos famílias se adaptando em suas casas e apartamentos, e outras migrando para imóveis maiores, em condomínio e também casas de campo.

Em 2022 esse movimento ainda está crescente em lançamentos de imóveis, com oferta maiores para continuar investimento nesse mercado.”, declara.

O especialista afirma, ainda, que a área, especialmente de lançamentos imobiliários, pode ser promissora para investidores que pagam à vista e famílias que buscam imóveis modernos.

“Essa demanda crescente resulta em aumento de preço no mercado imobiliário, mas o cenário continua forte e em crescimento.”, frisa.

De janeiro a março, a alta nos preços residenciais observado em Campo Grande foi de +5,71%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice FipeZAP+ apontou aumento de 11,19% na capital sul-mato-grossense.

De acordo com o Creci- MS, o preço médio acumulado para o mês de março em Campo Grande chegou a R$ 4.850/m².

Financiar ou alugar?

Constantino ressalta que a análise do que é mais vantajoso, entre o financiamento e aluguel, deve ser feita de maneira única, ou seja, cada caso exige um estudo amplo de prioridades, valores, período da vida e urgência.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO