A vacina da dengue Qdenga, fabricada pela farmacêutica Takeda, custará ao consumidor final no mínimo R$ 301,27 no Brasil por cada dose. O valor corresponde somente aos estados do Brasil onde a incidência do ICMS é de 0%.

O preço foi definido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão que controla os preços de fármacos e regula esse mercado. A lista que contém o valor da vacina da dengue foi publicada no início deste mês.

De acordo com a Takeda, o valor mínimo praticado no estado de São Paulo será de R$ 379,40, já que o ICMS na região é na ordem de 18%.

Além disso, o preço pode subir a depender de alguns custos associados a clínicas particulares que não são da alçada da farmacêutica, disse a Takeda. Por exemplo, algumas clínicas podem acrescentar no valor final o custo de aplicação do fármaco.

A vacina tem quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, conferindo assim uma ampla proteção aos agentes causadores da dengue. Destinado ao público de 4 a 60 anos, ela é aplicada em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

A farmacêutica também tem planos de levar o imunizante à rede pública de saúde, mas isso depende de uma avaliação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).

Em dezembro de 2022, a vacina recebeu autorização da EMA (Agência Europeia de Medicamentos) para ser utilizada na União Europeia. A Indonésia também já autorizou o fármaco.

Um estudo clínico de fase três, última etapa para averiguar segurança e eficácia de um medicamento, foi feito com crianças e adolescentes que vivem em áreas endêmicas para a doença -o Brasil fez parte da amostra. Após 54 meses da aplicação da segunda dose, a vacina teve uma eficácia estimada em cerca de 61%. Para evitar casos graves, a eficácia foi de cerca de 84%.

No Brasil, há outro imunizante, fabricado pela Sanofi Pasteur, que age contra a infecção, mas só é indicado para aqueles que já apresentaram a doença. Essa vacina só está disponível na rede privada.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO