O verão já chegou e, com ele, a vontade de curtir o Sol, mesmo que seja na varanda de casa, respeitando as restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Porém as pessoas devem tomar alguns cuidados com o calor, ou na hora de atualizar o bronzeado.

Segundo o médico dermatologista, Arthur Duarte, as doenças de pele podem alcançar, qualquer um, são “democráticas”, mas alguns grupos precisam de um cuidado maior.

Este é o caso de obesos, diabéticos e imunossuprimidos, que são aqueles com deficiência imunológica, seja por causa genética ou adquirida, como pessoas com câncer, queimaduras, transplantados e afins.

“Obesos possuem mais dobras na pele, que são as regiões que acabam ficando mais umedecidas por períodos maiores do dia em razão das altas temperaturas.” frisa o dermatologista.

Ainda conforme as explicações, “Já os diabéticos e imunossuprimidos possuem alterações específicas na pele, que acabam favorecendo a contaminação por fungos e bactérias.”.

Essas condições surgem em razão das altas temperaturas da estação, que em Mato Grosso do Sul poderão chegar até a 36°C, conforme dados do Centro de Monitoramento de Tempo e Clima (Cemtec).

Outros fatores também responsáveis por alterar a saúde da pele são o suor, o cloro das piscinas e a areia da praia, por exemplo.

Para prevenção, Duarte lembra que a hidratação e uma higiene intensa são fortes aliadas. A hidratação, de preferência com água e sucos de fruta, já a higiene está ligada a manter as áreas do corpo secas, principalmente as dobras dos dedos, evitando micoses.

O mesmo vale para quem frequenta espaços de terra, usar sandálias, e lavar a região dos pés com frequência, evita a aparição dos famosos “bichos geográficos”.

Na hora de curtir o Sol, o médico fala ainda sobre a importância do protetor solar. “É necessário observar o horário e evitar ficar exposto entre 10h e 16h, mas como no verão esse acaba sendo o horário escolhido para o lazer, é importante lembrar de usar protetor solar com, no mínimo, fator 30, reaplicando-o a cada duas horas.”.

Em relação às pessoas com peles mais claras, o ideal é buscar o próprio dermatologista, já que as indicações podem ser de protetores com fator acima de 30. É válido lembrar que a exposição ao Sol de modo indevido pode ser determinante para o surgimento futuro de câncer de pele.

Ainda na prevenção às queimaduras, Duarte comenta sobre um tipo específico que é resultado da junção da exposição solar com sumos de frutas cítricas, que é chamada de fotodermatose-fototóxica.

“Trata-se daquelas manchas que ficam nas mãos e no buço após as pessoas tomarem sucos, caipirinhas ou mesmo manusearem frutas sem o cuidado de lavar bem as mãos e o rosto posteriormente.”, explicou.

Embora em muitos casos as manchas possam desaparecer sozinhas, em outros elas podem se tornar queimaduras graves, com bolhas.

Fonte: Correio do Estado