Em decorrência das condições climáticas causadas pelo El Niño, a soja, que é a principal commodity do país, teve uma queda de 1,6% quando comparado com o previsto em fevereiro e estima-se que pode chegar a 146,9 milhões de toneladas. A quantidade corresponde a uma queda de 3,3% em comparação com o total produzido em 2023.
“Em novembro e dezembro, houve muitos problemas climáticos: choveu muito no Sul, enquanto no Centro-oeste faltou chuva. Então houve quebra de produção, principalmente da soja e da primeira safra do milho. Como os preços do milho caíram, os produtores estão reduzindo a área de plantio, o que afetou a segunda safra”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas.
A produção do milho também sofreu queda de 0,6% na comparação com o estimado no mês anterior e 11,4% com o mesmo período em 2023, levando em conta as duas safras.
“Por outro lado, com a queda dos preços do milho, alguns produtores deixaram de lado essa produção para plantar algodão, que teve um crescimento de 2,3% em relação ao estimado no mês passado e de 8,0% na comparação com 2023. É um recorde de produção”, ressalta Barradas. A previsão é de que o algodão em caroço chegue a uma produção de 8,4 milhões de toneladas neste ano.
Entre os Estados, Mato Grosso segue sendo o maior produtor nacional de grãos, responsável por 28,2% do montante produzido no país. Na sequência tem o Paraná 3,7%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (5,7%). Somados, esses seis estados representam 79,5% da produção brasileira de grãos.
Quando o recorte é feito por regiões, o Centro-Oeste fica na frente do ranking com a produção de (47,0%), seguido pelo Sul (29,2%), Sudeste (9,4%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,7%).
Segundo LSPA, a safra nacional de cereais leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas em 2024. O que representa a produção 5,4% menor que a do ano passado, que alcançou 315,4 milhões de toneladas.
Estados com maior ganho de produção
- Mato Grosso (240,6 mil toneladas);
- Goiás (156,4 mil toneladas);
- Paraná (141,3 mil toneladas);
- Maranhão (55,9 mil toneladas);
- Ceará (19,9 mil toneladas);
- Bahia (19,5 mil toneladas);
- Amazonas (8,9 mil toneladas);
- Rio de Janeiro (3,1 mil toneladas);