Mato Grosso do Sul acumula saldo positivo de 21.922 empregos formais, ou seja, 146,1 vagas criadas por dia nos cinco primeiros meses deste ano. No período de janeiro a maio, foram 173.957 admissões e 152.035 demissões registradas.

Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Estado registrou cinco meses consecutivos com mais contratações que demissões.

O doutor em Economia Michel Constantino ressalta que algumas ações implementadas para melhorar o ambiente de negócios trazem bons resultados na geração de empregos.

“As ações realizadas no Brasil e no nosso estado para melhorar o ambiente de negócios, como a facilidade de abrir empresas pela desburocratização dos processos, por exemplo”.

O mestre em Economia Eugênio Pavão destaca que, no período, Mato Grosso do Sul apresentou crescimento maior que a média do Centro-Oeste em todos os meses, exceto em abril.

“Isso indica que MS está aproveitando os investimentos públicos e privados, com os serviços oferecendo as melhores condições para a geração positiva de vagas”.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o Estado tem tido um processo de crescimento constante do estoque de postos com carteira assinada.

“A gente tem tido um avanço sistemático no número de empregos gerados, e este é um dos nossos focos: gerar emprego. E sabemos ainda que tem uma série de vagas disponíveis que não são utilizadas, quer dizer, nós poderíamos estar gerando mais emprego em função da disponibilidade de pessoas e também de qualificação”.

“Esse alinhamento da política de captação de investimentos, do investimento privado, do plano estadual de qualificação, da Funtrab fazendo essa busca ativa por pessoas em Mato Grosso do Sul. Acredito que a gente consegue manter essa baixa taxa de desemprego que nós temos no Estado”, ressalta Verruck.

A média de 146,1 empregos gerados por dia é a divisão dos 21.922 vagas por 150 dias (cinco meses), considerando 30 dias por mês, sem descontar feriados e fins de semana.

SETORES

O setor de serviços tem liderado o saldo positivo na criação de vagas desde 2021, principalmente após o início da vacinação contra a Covid-19 e o arrefecimento da pandemia. Foram 62.541 contratações e 55.216 demissões, resultando em saldo positivo de 7.325 vagas no período de janeiro a maio.

Na sequência vem a construção civil, com saldo de 5.237 empregos, resultado de 19.044 admissões e 13.807 desligamentos. O setor apresenta alto índice de empregabilidade por causa de grandes empreendimentos que estão se instalando no Estado.

A cidade de Ribas do Rio Pardo se destaca, com saldo de 3.100 vagas na construção civil, como consequência da fase de construção da fábrica de celulose da Suzano.

“Outro efeito é realmente a vinda de grandes empresas, como a Suzano, e também de grandes redes da construção civil, como MRV e outras”, avalia Constantino.

O economista Eugênio Pavão também cita a obra em Ribas do Rio Pardo como ponto de atração muito forte em MS. “Praticamente absorvendo a mão de obra disponível em todo o Estado e vários outros estados do Brasil”.

Ainda entre os segmentos, a agropecuária registra saldo de 4.534 vagas com carteira assinada, diferença entre 26.379 contratações e 21.845 demissões. Já a indústria registra saldo de 3.573 empregos no ano, e o comércio, 1.253.

MUNICÍPIOS

Entre os municípios, Campo Grande foi o que mais gerou novas vagas no ano (4.417), seguido de Ribas do Rio Pardo (3.889), Três Lagoas (1.026), Corumbá (830) e Dourados (834).

“Campo Grande tem se mantido sempre no topo, naturalmente, por ser a maior cidade do Estado, e isso é extremamente positivo. Mas vemos em segundo Ribas do Rio Pardo, o que mostra o quanto o investimento privado impacta a vida das pessoas”, afirma Verruck.

“Vamos iniciar agora uma nova colheita de milho e temos ainda vários empreendimentos em implantação. Então, Mato Grosso do Sul deve continuar ao longo deste ano com uma trajetória de geração de empregos”, finaliza o secretário.

Pavão destaca que Mato Grosso do Sul é uma “ilha de desenvolvimento”: “Com a expansão do agronegócio, atraindo serviços, construção civil e comércio, com a indústria puxando a criação de vagas nesse momento de implantação e desenvolvimento de projetos florestais, agrícolas”, exemplifica.

No mês de maio, foram criados 3.250 novos empregos formais em MS, resultado de 34.253 admissões e 31.003 desligamentos. O mercado de trabalho demonstra estabilidade, com saldo positivo nos cinco primeiros meses deste ano.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO