Avó de Bruninho e mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura criticou recentemente a postura do ex-goleiro Bruno sobre a carreira de seu neto, Bruno Samúdio.

Em uma de suas redes sociais, ela repudiou a postura do ex-atleta, que postou uma foto do garoto em campo em uma de suas redes sociais, imagem publicada no último dia 24, dia do goleiro. O ex-profissional, com passagens por Flamengo e seleção brasileira, parabenizou o garoto pelo início nos gramados.

“Quem autorizou? Eu autorizei? Dei meu consentimento? Ele é menor de idade, e, apesar de ser o pai, ele sempre negou que fosse o pai do filho de uma ‘prostituta’, como ele insiste em falar da minha filha. Estou indignada”, disse em entrevista ao jornal Extra.

No início deste ano, Sônia Moura deixou Mato Grosso do Sul para administrar a carreira de Bruninho, que atua como goleiro do sub-13 do Athletico Paranaense.

Na ocasião, ela questionou a ação de Bruno, e destacou que as características da aproximação dele com Bruninho, podem estar ligadas ao interesse do ex-goleiro em se inteirar da carreira do jovem. “Eu senti raiva, nojo, indignação… Para uma pessoa que diz que só assumiria o Bruninho se fosse mesmo o pai, a troco de que ele está postando vídeos do menino?”, disse.

Na data comemorativa, a avó não escondeu a felicidade com o neto e o parabenizou pelo trabalho do garoto junto ao clube paranaense. “Hoje se comemora a mais sofrida personalidade dos gramados, feliz dia dos goleiros, em especial, o meu. Que não tinha dia frio, quente ou chuva, lá estava embaixo das traves (…) parabéns ao meu goleiro”, destacou.

Em novembro do ano passado, o ex-goleiro Bruno, havia retornado à justiça, a fim de contestar a paternidade de Bruninho. Atualmente com 13 anos, o garoto deve receber R$ 650 mil do ex-goleiro.

Na ocasião, entre as justificativas postas, a defesa de Bruno alegou que o ex-goleiro não mantinha relação matrimonial com Eliza Samúdio, que “inclusive mantinha outros relacionamentos, o que sempre levou o autor a desconfiar da paternidade do apelado”, disse a defesa ex-atleta, em caso conduzido pela 6ª vara cível de Campo Grande.

Sobre o montante a ser pago pelo ex-goleiro, R$ 150.960,00 destinam-se a danos materiais, bem como  outros R $500.000,00, ambos com correções monetárias. Entre as colocações da defesa, constam que a avó do garoto teria ingressado com pedido de paternidade, entretanto, Bruno, havia se recusado a  fornecer o material genético, temendo que pudessem  ‘incriminá-lo’, e se recusou a fornecer seu DNA.

Atualmente o ex-goleiro propõe vaquinhas virtuais para pagar a pensão do garoto, e deu indícios de que pode fazer o teste de paternidade, entretanto, destacou que busca falar com Bruninho e falar sobre as histórias que envolvem o caso de Eliza.

O caso

Condenado em 2013 por meio de um jurí popular, Bruno Fernandes de Souza pegou 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, além do sequestro e cárcere privado de Bruninho.

Bruno foi condenado a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO