Mato Grosso do Sul deve receber nos próximos anos investimentos privados na casa dos R$ 55 bilhões. De acordo com previsão do governo do Estado, serão gerados 27 mil empregos diretos, além de milhares de indiretos que decorrem da instalação dessas empresas.
A conta engloba empreendimentos que entraram em operação nos últimos 7 anos e 8 meses e os que estão em fase de implantação.
Conforme o governador Reinaldo Azambuja, esse é o resultado de uma política pública de troca de arrecadação de impostos por empregabilidade da população, além de ter como resultado a confiança conquistada pelo Estado por meio da atração desses investimentos.
“Talvez seja um dos melhores momentos de Mato Grosso do Sul. Estamos mês a mês batendo recorde positivo na geração de oportunidades”, declarou em entrevista a uma rádio nesta semana.
“Nós abrimos mão dos tributos. Existem os incentivos fiscais, que são importantes, mas existe sobretudo uma confiança. O investidor não vem para um Estado se ele não tem segurança jurídica, se ele não confia nos termos assinados. Os incentivos industriais em Mato Grosso do Sul vão até 2032. Ultrapassam o nosso governo. Então, essa confiança foi fundamental ”, complementou.
Ele destacou ainda a diversificação da economia e a criação de uma infraestrutura adequada para receber novos empreendimentos. “Nos dias de hoje estamos com mais de R$ 55 bilhões em investimentos privados, em todas as áreas: a indústria da transformação, de geração energética, a indústria que faz da matéria-prima valor agregado”.
Para o governador MS deixou de ser o Estado do binômio soja-boi. “Somos o Estado que diversificou a economia, multiplicou as atividades industriais criando parques industriais”, resume.
De acordo com o superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Bruno Bastos, a diversificação econômica não é por acaso.
“Esse trabalho é fruto de uma ideia pensada no início do atual governo, de aproveitar as potencialidades econômicas do Estado, sobretudo no agronegócio, para industrializar Mato Grosso do Sul, evitando que toda nossa produção seja encaminhada diretamente a outros Estados e para o exterior, sem agregar valor”, explicou.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, nos primeiros sete meses do ano (janeiro a julho), apontam a criação de 34.232 novas vagas de emprego formal.
No período de um ano, são 40.855 novos empregos com carteira assinada. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) mostra que Mato Grosso do Sul teve a terceira menor taxa (5,2%) de desocupação do país, no 2º trimestre de 2022, atrás apenas de Santa Catarina (3,9%) e Mato Grosso (4,4%).
Fonte: Correio do Estado