Depois de 55 dias sem reajustes nos preços dos combustíveis, a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) espera que, nesta quinta-feira (05), aconteça um aumento nos valores da Petrobras para esta quinta-feira (05).

Ainda hoje, também será divulgado o balanço comercial do primeiro trimestre de 2022.

Espera-se um reajuste de 12% no preço da gasolina e de 24% no diesel. Essas porcentagens correspondem à defasagem no preço de paridade de importação (ppi).

O ppi é calculado em relação à diferença entre os preços praticados no mercado interno e externo.

O diretor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes (Sinpetro/MS), Edson Lazarotto, explica que a falta de reajuste da Petrobras tem causado uma defasagem entre o preço interno e o preço internacional.

“O petróleo está subindo diariamente e o dólar oscilando constantemente, não sabemos quando ocorrerá este reajuste, qual percentual e se ocorrerá, mas as distribuidoras que estão importando o produto para atender seus contratos estão com sérias dificuldades”, disse.

Conforme divulgado pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), o não reajuste inibe a importação por outros agentes do mercado, e traz novamente à mesa a discussão sobre riscos de desabastecimento.

A federação defende que, no Brasil, a produção das refinarias nacionais não consegue suprir toda a demanda.

Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em março, mostram que o Brasil importou 23,7% do diesel consumido no país.

Do total importado, 46% foram internalizados pela Petrobras e 54% por outras companhias.

Apesar de justificarem o pedido de aumento com a defasagem nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras, dados do mercado financeiro mostram que quase não houve alteração nos preços do mercado exterior.

Fonte: Correio do Estado