As negociações da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) foram finalizadas e o grupo russo Acron comprou a fábrica após quase quatro anos de tratativas.
O anúncio foi dado pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina, na manhã desta sexta-feira (4) durante agenda oficial em Três Lagoas.
“Acabamos de receber a notícia que a Petrobrás concluiu a venda da UFN3 para a Acron e já estamos avançando com o complemento dos entendimentos com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB)”, afirmou.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck explicou que a Petrobrás ainda emitirá um fato relevante ao mercado, divulgando as condições da negociação, e só depois o cronograma de funcionamento da fábrica será divulgado.
“Depois disso, Governo do Estado, Prefeitura de Três Lagoas, Petrobras e Acron vão se reunir para negociar doação de terreno e concessão de incentivos fiscais”.
O empreendimento localizado em Três Lagoas foi orçado em mais de R$ 3,9 bilhões.
A obra foi paralisada em 2014, e as tratativas para a venda da unidade, que pertence à Petrobras, tiveram início em 2018 e seguiram sem um desfecho até então.
FERTILIZANTES
No ano passado, conforme publicado na edição do Correio do Estado de 18 de novembro, a ministra Tereza Cristina foi à Rússia para garantir o suprimento da demanda brasileira por fertilizantes.
Na ocasião, trouxe uma nova possibilidade de o grupo russo Acron comprar a UFN3.
Em sua conta no Twitter, a ministra afirmou que se reuniu com o vice-presidente da gigante dos fertilizantes minerais.
“Reunião com o vice-presidente da Acron, Vladimir Kantor, que nos informou sobre o prosseguimento das negociações para a aquisição dos ativos da Petrobras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3) em Três Lagoas (MS)”, publicou a ministra.
A Rússia representa cerca de 20% do total de fertilizantes importados pelo Brasil. O governo russo havia anunciado restrições às exportações de fertilizantes nitrogenados, por meio de cotas de exportação, pelo período de seis meses, a partir de 1º de dezembro, com o objetivo de evitar escassez no mercado interno.
Fonte: Correio do Estado