Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) revelam que o número de famílias endividadas em Campo Grande teve leva queda e registrou índice de 59,4% em abril, contra os 60,6% registrado em março.

O número de pessoas endividadas em abril foi de 191.231 e em março 194.704. Com isso, a redução é de 3.473.

Considera-se endividadas famílias que possuem contas/dívidas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel, parcelas de carro e seguros.

Em relação ao percentual de 59,4% de abril, 12,2% se consideram muito endividados, 18,1% mais ou menos endividados, 29,1% pouco endividados e 40,6% não tem dívidas.

Os principais tipos de dívidas são cartão de crédito (68,8%), carnê (17,9%), crédito pessoal (11,2%), financiamento de casa (9,7%), crédito consignado (9%), financiamento de carro (9,8%), cheque especial (0,8%), cheque pré-datado (0,4%) e outras dívidas (2,9%).

Das famílias entrevistadas, 48,1% possuem dívidas em atraso e 51,9% não possuem.

O tempo de atraso das contas variam em até 30 dias (17,3%), entre 30 e 90 dias (27,2%) e acima de 90 dias (43,4%). O tempo médio de atraso é de 66 dias.

O tempo de comprometimento com dívidas variam em até 3 meses (18,3%), entre 3 e 6 meses (16,4%), entre 6 meses e 1 ano (20,8%), por mais de 1 ano (32,8%) e não souberam responder (11,7%). O tempo médio de comprometimento com contas é de 35 semanas.

De acordo com a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPF-MS), Regiane Dedé de Oliveira, o aumento de endividados ocorre entre a população que ganha mais de 10 salários mínimos.

A pesquisa foi realizada com aproximadamente 17,8 mil famílias nos dez últimos dias de janeiro.

“A sondagem identifica que os aumentos mais significativos foram nos indicadores referentes a consignados, financiamento de carro e crédito pessoal. Apesar disso, o percentual de famílias que afirmam que não terão condições de pagar também teve um leve recuo, o que é favorável para o comércio e para a economia”, explicou a economista.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO