A empresária campo-grandense, Eliane Medeiros de Lima, foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ocultação de dinheiro durante a fuga de Mirelis Zerpa, venezuelana casada com Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”.
De acordo com a denúncia, Eliane teria desviado parte dos R$ 1 bilhão sacados ilegalmente, após a Operação Kriptos. Ainda conforme o MPF, Eliane e Mirelis ocultaram a origem e a localização de bens de origem ilícita.
O Jornal O Globo ainda lembra que as duas mulheres, Glaidson e Handersdon Gomes Pinto são acusados de formação de quadrilha e operação financeira sem a devida autorização legal.
As investigações mostram que Mirelis conseguiu escapar de ser presa porque viajou ao Estados Unidos dias antes da operação policial, que ocorreu em agosto do ano passado.
Por meio de senhas desconhecidas pelos investigadores, ela sacou 4.330 unidades de criptomoedas. Em valores da época, correspondiam a R$ 1 bilhão.
Por meio da quebra de sigilo das empresas Grupo Gas Consultoria Bitcoins, do casal Glaidson e Mirelis, comprovou a transferência de R$ 200 mil destas criptomoedas para Eliane, que liquidou as unidades no mercado e acabou recebendo sua parte em reais.
Elaine ainda foi por abrir uma empresa no Uruguai para ajudar a quadrilha na lavagem de dinheiro. A mulher chegou a ser presa na terceira fase da Kriptos.
Essa já é a segunda oferecida pelo MPF contra ela. Na primeira, a empresária é acusada de usar sua empresa, que também opera no Brasil desde 2019, para movimentar irregularmente R$ 324 milhões em operações para o casal do Bitcon.
Além disso, há evidências de que ela teria lavado dinheiro para o traficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca.
As investigações ainda apontam que Eliane agia como sócia na organização criminosa e era o braço financeiro das operações.