O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), defendeu que o novo agro, praticado em Mato Grosso do Sul, deve caminhar lado a lado com a discussão ambiental para consolidar o agronegócio como uma atividade de eficiência produtiva, tecnologia e sustentabilidade.
A ideia foi defendida durante a 22ª edição do Fórum Empresarial Lide, realizado nesta quinta-feira (29) no Rio de Janeiro (RJ).
Em sua fala, Riedel destacou as potencialidades do Estado e colocou em discussão os desafios do agronegócio nacional.
“Três estados na região Centro-Oeste são responsáveis pela metade da safra brasileira, e com potencial de duplicar isso sem derrubar uma árvore sequer. Passamos pela revolução verde, a tecnológica, e está chegando a nova revolução, que é o acesso à internet no campo de forma irrestrita”, disse.
“A Inteligência Artificial, a automação dos processos, são coisas transformadoras dentro das fazendas. As máquinas inteligentes obedecem a todo um sistema complexo, pois elas têm acessibilidade. É isso o que dá competitividade, além de toda genética e conhecimento gerado aqui no Brasil ao longo do tempo”, acrescentou o governador.
O chefe do Executivo estadual disse ainda que não é possível dissociar o agro moderno e competitivo do meio ambiente, sendo necessário um debate sobre o tema.
“Para a gente, o meio ambiente é indissociável do agro, tanto que nossa secretaria do Desenvolvimento é a mesma do Meio Ambiente”, afirmou.
Ele disse ainda que os processos sustentáveis são uma realidade e que todos eles estão ligados de forma intrínseca à cadeia produtiva.
Entre os exemplos citados, está o plantio direto, que fixa carbono no solo, e a recente mudança do setor sucroalcooleiro, indo em direção para se tornar uma indústria de bioenergia.
No fórum, o governador também ressaltou a importância do Centro-Oeste observar e participar do debate da reforma tributária, já que pode haver limitação de receitas com a mudança do sistema – do atual modelo de crédito na origem para o crédito ao local de consumo.
Apesar de considerar a reforma necessária para melhorar o ambiente de negócios, Riedel pondera que é necessário equacionar a visão de limitar as receitas a partir de um consumo que a gente não é feito.
“Temos que continuar investindo para ter estruturas competitivas e temos que observar que tipo de reforma vamos conduzir. Não quero daqui a 10 anos ver que ficamos estagnados”, destaca.
FONTE: CORREIO DO ESTADO