O Ministério Público do Paraguai tem convicção que o jornalista Leo Veras foi assassinado no dia 12 deste mês por pistoleiros a serviço do Primeiro Comando da Capital (PCC). Reportagem publicada nesta segunda-feira no diário paraguaio ABC Color indica que a ordem para matar Veras partiu de Ederson Salinas Benitez, o Riguaçu, que as polícias do Brasil e do Paraguai consideram sucessor de Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro. Ambos estão presos no Brasil.
Gilberto Fleitas, chefe do departamento de repressão ao crime organizado no Paraguai, disse em entrevista ao ABC Color, que o principal suspeito de ter executado o jornalista é um homem identificado como Waldemar Pereira Rivas, o Cachorrão. Ele seria proprietário de vários desmanchetes de carros roubados em Pedro Juan, e teria sido contratado por Ederson Riguaçu.
A polícia paraguaia acredita que a ação de Leo Veras como jornalista tenha prejudicado Riguaçu no mês passado. Preso por porte ilegal de arma em Ponta Porã, Riguaçu estava prestes a entrar para o regime semiaberto no Brasil, mas acabou transferido para a Penitenciária Estadual de Dourados (PED) depois que descobriram que ele usava documento falso.
No fim de semana, operação da polícia paraguaia em Pedro Juan Caballero prendeu dez suspeitos de ter participado do assassinato do jornalista. Os próximos passos da investigação serão os exames periciais nas armas apreendidas, que serão feitos em Assunção.
Conforme Gilberto Fleitas, o PCC no Paraguai têm pelo menos 500 soldados. No país vizinho, segundo ele, os chefões se autoproclamam empresários, e terceirizam a contratação de pistoleiros.
FONTE: CORREIO DO ESTADO