Com o retorno das aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino (Reme), na manhã desta segunda-feira (26), é nítido o aumento no fluxo de pessoas no transporte coletivo da capital.
No terminal Morenão, localizado na avenida Costa e Silva, na Vila Progresso, houve reajuste no horário da linha, ônibus atrasados e passageiros inconformados com o descaso.
Segundo os usuários, a linha 072, que faz o trajeto do terminal Morenão ao Nova Bahia, atrasou cerca de 20 minutos, o que causou tumulto e espera por parte dos passageiros. Além disso, o motorista informou aos usuários que teve reajuste no horário por conta da volta às aulas.
Atualmente, o transporte público está operando com a lotação máxima de 70% dos ônibus, conforme determina o decreto municipal, devido à pandemia da Covid-19.
Para Maria Socorro Gomes, 56 anos, o atraso é algo normal, mas acredita que com a volta das aulas a situação piorou. “Tem que por mais ônibus, quanto mais gente tem, mais ônibus tem que ter. Só dessa forma ficaremos satisfeitos com o serviço da empresa”, relatou.
A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) orientou que o Consórcio Guaicurus, concessionária que comanda o serviço, disponibilize apenas um veículo extra para as linhas mais movimentadas.
Jaqueline Fogaça Demagos, 22 anos, sentiu o aumento no fluxo de pessoas e disse que a situação está crítica. “Os ônibus estão superlotados, sem contar que eles enchem os ônibus e ainda estamos na pandemia, a segurança ali é zero, o contato ali, a contaminação é muito grande”, relatou a técnica de enfermagem.
Já Maria Cristina Félix Magalhães, 36 anos, afirmou que ainda não sentiu o impacto da volta às aulas, mas que a lotação no transporte é algo comum e que sente medo com o retorno dos alunos nas escolas. “Eu acho que não deveria voltar às aulas agora, não é o momento. Não vou deixar minha filha ir”, contou a recepcionista.
De acordo com o levantamento realizado pela Agetran, cerca de 1.600 alunos solicitaram o benefício do passe do estudante para o segundo semestre letivo deste ano. Para ter o benefício, o aluno deve atender uma série de demandas, e uma delas é morar a uma distância mínima de 2 km da escola.
FONTE: CORREIO DO ESTADO