O Congresso Brasileiro das Academias Estaduais de Letras 2023, aberto hoje (19), no Bioparque Pantanal, em Campo Grande, reúne representantes de 20 academias federativas oficiais dos estados e também membros da ABL (Academia Brasileira de Letras).

O governador Eduardo Riedel participou da solenidade de abertura do evento e destacou a importância do incentivo e da preservação cultural e artística de Mato Grosso do Sul. “Na semana passada o Estado completou 46 anos de criação, e Academia Sul-mato-grossense de Letras tem mais de 50 anos. O Mato Grosso do Sul tem crescido e se desenvolvido, e precisamos continuar a valorizar nossas referências”.

Há mais de uma década que um evento como este, com a reunião de membros das Academias estaduais de Letras, não era realizado no País. “Estamos num momento de reordenar a cultura no Estado. E receber um evento como este é uma responsabilidade e uma honra”, afirmou Marcelo Miranda, titular da Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania).

O objetivo do congresso é apoiar a literatura e a formação no campo da educação, por meio das discussões acadêmicas, com temas como a literatura brasileira e a importância das Academias Estaduais de Letras para o incentivo às atividades da educação, leitura e atividades literoculturais como um todo.

“É um investimento para o Brasil, em um evento que traz as Academias de Letras de todo País para discutir educação, cultura e caminhos, no sentido de troca de experiências. A literatura é importante pois mostra a força, cultura, pensamento e o que pode representar na evolução social da população brasileira”, disse o presidente a ASL (Academia Sul-Mato-Grossense de Letras), Henrique de Medeiros.

Membro da APL (Academia Paraibana de Letras), Severino Ramalho Leite, destacou a importância do apoio dado pelo Governo do Estado para a realização do Congresso. “Na maioria dos lugares, a literatura, as artes, são deixadas de lado. Me surpreendi com a forma como o Estado contribuiu e está valorizando a ação”.

A iniciativa da ASL visa ainda promover uma maior integração nacional das academias, como importante vetor para o desenvolvimento da cultura do país. A Academia tem entre seus membros, em MS, historiadores, romancistas e cronistas, desempenha com suas atividades papel primordial na difusão da cultura sul-mato-grossense.

História

A ASL foi fundada em outubro de 1971, com o nome de Academia de Letras e História de Campo Grande. E quando Mato Grosso do Sul foi fundado, com a capital Campo Grande, a academia municipal passou a ser estadual.

Com 40 cadeiras e nos moldes da Academia Brasileira de Letras, a ASL busca valorizar escritores que ajudaram na difusão da educação e no incentivo à leitura. Nomes importantes como Paulo Coelho Machado e Manoel de Barros passaram pela instituição. Atualmente são 34 titulares, um aguardando posse e cinco cadeiras vagas.

A sede própria da ASL foi inaugurada em 25 de agosto de 2017, projeto concretizado com investimentos de R$ 2 milhões do governo do Estado como parte do Programa Obra Inacabada Zero. O prédio possui arquitetura moderna, assinada por Otávio Loureiro e Helena Adri, com auditório para 240 pessoas, biblioteca para armazenamento de 4 mil exemplares de livros e salas para as equipes técnicas e para os 40 acadêmicos titulares da ASL.

 

FONTE: Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS