O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na manhã desta quinta-feira (23), que a China suspendeu o embargo à importação da carne bovina produzida no Brasil. As importações estavam suspensas desde fevereiro após a confirmação de um caso de mal da “vaca louca”, no norte do país. Com essa medida, três frigoríficos de MS voltam a exportar carne bovina à China.
Segundo o Mapa, a decisão foi tomada após uma delegação brasileira se reunir em Pequim com o governo chinês. Na ocasião, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o Ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua, para tratar do assunto. A liberação das exportações é para as carnes de animais abatidos a partir do dia 24 de março.
“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, disse Fávaro, ao final do encontro.
Em MS
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, em Mato Grosso do Sul, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Frios e Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicadems), Sérgio Capuci, três frigoríficos foram afetados com o embargo chinês.
Com a reabertura das exportações da carne bovina, os frigoríficos Naturafrig, em Rochedo; FrigoSul, em Aparecida do Taboado; e Agroindustrial, em Iguatemi, devem voltar a exportar carne bovina à China.
Entenda
O embargo que havia suspendido a exportação de carne bovina brasileira à China teve início em fevereiro, quando houve registro do primeiro caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) ou “mal da vaca louca” no Pará.
Nestas situações, a confirmação final é feita pelo laboratório Organização Internacional de Saúde Animal da (OIE), no Canadá.
Diante da confirmação do caso, o MAPA informa que já foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as amostras foram enviadas para o laboratório.
O animal contaminado, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local.
O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado.
“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro. Após as análises laboratoriais, foi constatado que se tratava de um caso isolado de contaminação.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil e tem protocolos rígidos quanto à qualidade dos alimentos. “Quando os produtos relevantes entrarem no país, a alfândega implementará inspeção e quarentena de acordo com as leis e regulamentos para garantir que atendam aos requisitos de segurança e saúde”, reforçou o Gaac.
FONTE: CORREIO DO ESTADO