No período de 12 anos, a população de Campo Grande cresceu 14,1%, passando de 786.797 em 2010 para 897.938 em 2022. Os dados são dos primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022, divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com relação ao Mato Grosso do Sul, o crescimento populacional foi de 12,6%, saltando de 2.499.024 para 2.756.700, o que corresponde a 307.676 novos habitantes.

Na Capital, havia a estimativa de que a população chegasse a 1 milhão, mas os números ficaram bem abaixo do esperado. No Estado, a expectativa era de 2,830 milhões, também tendo resultado abaixo do estimado.

Segundo o supervisor de disseminação de informações do Censo, Fernando Galina, quando se considera o crescimento populacional de um censo para o outro, o crescimento está dentro do esperado, no entanto, abaixo da estimativa.

“É natural que isso aconteça porque provavelmente houve provavelmente uma série de mudanças culturais e comportamentais do brasileiro e do sul-mato-grossense que fizeram com que aquela previsão original, que foi feita de 2010 para cá não fosse atendida”, explicou.

Fernando cita ainda que o IBGE tem um planejamento em que faz contagem populacional nos espaços entre os censos.

“Então em 2015 em específico era para ter tido uma contagem populacional que não foi possível devido a falta de orçamento e ela teria ajudado a nivelar melhor esse planejamento”, acrescentou.

“Mas ainda assim, se você considerar que a estimativa [para o MS] era de 2.839.000, não ficou tão distante”, pontuou Galina.

Entre os estados do País, Mato Grosso do Sul ocupa a 21ª posição entre os mais populosos.

No Brasil, a população cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais, chegando a 203.062.512 habitantes.

Domicílios

No Estado, foram recenseados 1.208.975 domicílios, um crescimento de 36,7% em relação a 2010, quando foram recenseados 884.036 unidades domiciliares.

Do total de domicílios, 99,6% eram permanentes, 0,25% eram coletivos e 0,11% improvisados.

Conforme a definição do IBGE, permanente é o domicílio particular que estava ocupado por moradores na data em que foi realizada a entrevista.

Coletivo é a instituição ou estabelecimento onde a relação entre as pessoas que nele se encontravam era restrita a normas de subordinação administrativa, como asilos, orfanatos, hotéis, alojamentos, presídios, quartéis, hospitais, entre outros.

Já o improvisado é o domicílio que pode estar localizado em edificações que não tenha dependências destinadas apenas à moradia, como bares, ou ainda calçadas, viadutos, grutas e cavernas que, na data da referência, estavam ocupadas por moradores.

Chapadão do Sul é a cidade do Estado que mais registrou crescimento em domicílios, de 87,01%.

Municípios

Campo Grande é a cidade onde houve a maior variação absoluta de população residente, com os novos 111.164 habitantes.

Na sequência, a cidade que mais ganhou moradores em Mato Grosso do Sul é Dourados, com 47.873 a mais, totalizando uma população de 243.368 mil.

Três Lagoas ganhou 30.366 habitantes, com total de 132.152, seguida por Ponta Porã, com mais 14.140 e população total de 92.017.

Corumbá, que ocupava o terceiro lugar no ranking, foi superada por Ponta Porã e agora é a quarta maior cidade em número de população residente total, com 96.268. A cidade perdeu 7.407 moradores.

Na contramão das cidades mais populosas, as 20 cidades com menores população do Estado são Figueirão (3.539), Jateí (3.586), Taquarussu (3.625), Alcinópolis (4.537), Novo Horizonte do Sul (4.721), Corguinho (4.783), Rio Negro (4.841), Caracol (5.036), Rochedo (5.199), Paraíso das Águas (5.510), Douradina (5.578), Vicentina (6.336), Juti (6.729), Laguna Carapã (6.799), Pedro Gomes (6.941), Santa Rita do Pardo (7.027), Jaraguari (7.139), Anaurilândia (7.653), Bandeirantes (7.940) e Selvíria (8.142).

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO