Corumbá, cidade localizada a 416km de Campo Grande, registrou 5,8mm de chuva na madrugada desta segunda-feira (4) após 25 dias de estiagem.
O último acumulado registrado foi em 9 de setembro, quando choveu 5mm, de acordo com a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Andrea Ramos.
A chuva ocorrida na Cidade Branca foi suficiente para elevar a umidade, melhorar a qualidade do ar e provocar leve queda nas temperaturas.
As precipitações também ajudaram a apagar alguns focos de incêndio na região do Pantanal e bombeiros comemoraram a ajuda da natureza. (Confira vídeo abaixo).
A cidade estava encoberta por uma densa fumaça devido aos incêndios, situação que também foi amenizada com a chuva desta madrugada.
A qualidade do ar, conforme o Climatempo, estava insalubre, principalmente pela presença de partículas inferiores a 2,5 microns e partículas inferiores a 10 mícrons, originadas da combustão de madeira e outros objetos, que causam danos à saúde.
A umidade relativa do ar subiu de 9% para 85% com a chuva desta madrugada. A temperatura no local chegou a 21,2ºC às 9h30min desta segunda-feira (4).
Em recorde atrás de recorde, Corumbá teve a maior temperatura do Brasil e do ano em 19 e 20 de setembro, com termômetros em 40,6ºC e 43,9ºC, respectivamente, de acordo com o meteorologista Natálio Abrahão.
A umidade relativa do ar chegou a bater 9% na tarde de 20 de setembro, índice semelhante ao clima desértico.
A umidade relativa do ar indicada é de 60% ou mais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A previsão para o município de Corumbá é tempo instável até a próxima sexta-feira (8). Há chance de acumulados de 10mm de chuva até o fim de semana.
Consequências do tempo seco
O tempo seco, escassez de chuvas e estiagem provocam impactos no meio ambiente. A vegetação e qualidade do ar são afetadas com o baixo índice pluviométrico.
Gramas, folhas, árvores e frutos ficam secos devido à falta de chuvas, podendo atingir o nível letal da planta caso não seja irrigada.
De acordo com relatório divulgado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) o Rio Paraguai, nas estações telemétricas de Ladário e Porto Esperança, atingem alturas negativas nesta segunda-feira (4), o que indica alerta laranja para estiagem.
A estação telemétrica de Porto Esperança bate 1,18 metros abaixo da régua e a estação de Ladário alcança 0,45m abaixo da régua.
As queimadas também são comuns nesta época no Pantanal sul-mato-grossense.
A área queimada é de 1.314.875 hectares no Pantanal sul-mato-grossense até primeiro de outubro deste ano, segundo dados divulgados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
FONTE: CORREIO DO ESTADO