O senador Nelson Trad (PSD) é cotado, desta vez, para assumir o Ministério da Integração Nacional, umas das pastas mais cobiçadas pelos partidos políticos, pois é responsável por diversas obras no país.
Entre elas, é da imcumbência do ministério a abertura de poços em regiões do semiárido nordestino, região cobiçada pelo bolsonarismo, pode ser considerado um reduto petista.
Segunda informações da Folha Press, ee o arranjo vingar, Alcolumbre não iria para o governo Jair Bolsonaro (sem partido), como foi especulado inicialmente, buscando preservar alguma imagem de independência.
Em compensação, ocuparia um dos mais poderosos cargos no Senado, o de presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que serve de filtro para toda proposta a ser analisada pelos parlamentares.
Na mão inversa do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Alcolumbre viu crescer seu cacife nos últimos meses. O senador fez seu sucessor, Rodrigo Pachecho (DEM-MG), enquanto Maia viu seu candidato derrotado por Arthur Lira (PP-AL).
Pacheco não deve ter um alinhamento automático ao Planalto, segundo aliados, mas foi eleito também com o apoio de Bolsonaro sob o patrocínio de Alcolumbre e de forças como o PSD que pode agora levar mais um ministério -já ocupa as Comunicações.
A Integração hoje está com Rogério Marinho, que até junho do ano passado era filiado ao PSDB, mas que aproximou-se muito de Bolsonaro e ganhou espaço nas decisões econômicas do governo.
Aliados do presidente afirmam que, se for rifado da pasta, poderá haver outro lugar para Marinho – ele foi o padrinho do investimento de Bolsonaro em viagens e eventos no Nordeste no momento em que o auxílio emergencial da pandemia começou a fluir, que ajudou a melhorar a popularidade do presidente na região.
Tal momento passou, e segundo o mais recente levantamento do Datafolha Bolsonaro voltou a ter uma queda em sua imagem na região, historicamente mais dependente de assistência federal. Mesmo sem o auxílio, ele mantém sua agenda de visitas nordestinas.
Marinho se notabilizou pelo antagonismo público com Paulo Guedes (Economia), que o classificou como um fura-teto de gastos. Os ânimos ficaram bastante acirrados ao longo de 2020, mas aparentemente uma trégua segue valendo entre ambos.
Na Câmara, enquanto o debate segue acalorado acerca da definição sobre a Mesa da Casa, deputados de partidos do centrão também discutem os próximos passos do grupo no governo.
Além da pasta da Cidadania, que já está prometida a eles com a saída de Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Secretaria-Geral da Presidência, voltaram a crescer os rumores de que os vitoriosos que chegaram ao comando da Câmara com a eleição de Lira estão de olho na Educação e na Saúde.
A pasta do ministro Eduardo Pazuello é a mais cobiçada, não só pelos recursos, mas também pela possibilidade de melhoria de sua imagem dado o desastre até aqui na condução do combate à pandemia do novo coronavírus.
Não é segredo que o ex-ministro Ricardo Barros (PP-PR), que a comandou no governo de Michel Temer (MDB), gostaria de voltar para lá. Ele é líder do governo Bolsonaro na Câmara.
Na Educação, ocupada pelo politicamente opaco Milton Ribeiro, é o grupo ligado ao presidente do DEM, ACM Neto, que está buscando viabilizar a tomada do cargo.
Entre deputados, contudo, essas duas operações são vistas como para um segundo momento, porque o governo não estaria disposto a gastar todas as fichas que tem logo na largada de seu casamento parlamentar com o centrão.
Fonte: Correio do Estado