O Setor de Serviços cresceu 4,8% em Mato Grosso do Sul após dois meses consecutivos de resultados negativos. O desempenho positivo do Estado está inclusive acima da média nacional que ficou em 0,4%, conforme e Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa descata que na passagem de outubro para novembro, o volume de serviços prestados em Mato Grosso do Sul variou 4,8%. Em relação a novembro de 2022, houve alta de 15,3% no volume de serviços.

Já o volume acumulado em doze meses foi de 3,6% e a variação acumulada no ano ficou em 4,1%. Esses índices de preços são baseados nos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Das 27 federações pesquisadas, 12 apresentaram um saldo positivo de crescimento. Mato Grosso do Sul ficou na 4ª posição nacional (4,8%). O impacto mais importante veio de São Paulo (1,1%), seguido por Paraná (2,4%) e Mato Grosso (3,1%).

No Brasil o crescimento foi de 0,4%

Houve expansão no volume de serviços em novembro de 2023, frente ao mês imediatamente anterior, acompanhando o acréscimo no resultado do Brasil (0,4%).

Já as principais influências negativas no mês vieram de Rio Grande do Sul (-2,0%), Distrito Federal (-2,6%), Maranhão (-7,6%) e Amazonas (-4,8%).

Na comparação com igual mês de 2022, a retração do volume de serviços no Brasil (-0,3%) foi acompanhada por apenas oito das 27 unidades da federação. A influência negativa mais importante ficou com São Paulo (-4,6%).

Em sentido oposto, Minas Gerais (8,0%) e Paraná (9,2%), seguidos por Mato Grosso (18,1%), Bahia (6,0%) e Santa Catarina (4,4%) assinalaram os principais avanços do mês.

No acumulado do ano, frente a igual período de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,7%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 25 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços.

Os principais impactos positivos em termos regionais ocorreram em Minas Gerais (8,3%), Paraná (11,4%) e Rio de Janeiro (4,4%), seguidos por Mato Grosso (17,0%), Santa Catarina (8,3%) e Rio Grande do Sul (5,1%). Por outro lado, São Paulo (-1,7%) e Amapá (-3,5%) registraram as únicas influências negativas sobre índice nacional.

Atividades turísticas caem 2,4% em novembro, no Brasil

Em novembro de 2023, o índice de atividades turísticas apontou retração de 2,4% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo consecutivo, período em que registrou uma perda acumulada de 3,4%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 5,0% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, dez dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-2,4%). As influências negativas mais relevantes ficaram com São Paulo (-1,0%) e Bahia (-7,0%), seguidos por Minas Gerais (-2,6%), Paraná (-5,3%) e Ceará (-9,4%). Em sentido oposto, Santa Catarina (0,7%) e Espírito Santo (0,9%) assinalaram os únicos avanços em termos regionais.

Na comparação novembro de 2023 / novembro de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil
apresentou expansão de 2,8%, 32ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de serviços de bufê; restaurantes; locação de automóveis; espetáculos teatrais e musicais; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e hotéis.

Em sete das 12 unidades da federação pesquisadas houve avanços nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (5,0%), Rio de Janeiro (10,1%) e Minas Gerais (10,4%). Já os principais impactos negativos foram no Ceará (-18,7%) e Rio Grande do Sul (-6,2%).

No acumulado de janeiro a novembro de 2023, o agregado especial de atividades turísticas se expandiu 7,5% frente a igual período do ano anterior, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de locação de automóveis; serviços de bufê; hotéis; agências de viagens; transporte aéreo; restaurantes; e rodoviário coletivo de passageiros.

Onze dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, onde sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (6,8%), Rio de Janeiro (11,6%), Minas Gerais (16,5%), Bahia (12,6%) e Paraná (11,4%). Já o único resultado negativo foi do Ceará (-2,1%).

No Brasil, transporte de cargas avança e o de passageiros cai em novembro

Em novembro de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil recuou 2,9% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, terceira taxa negativa seguida, período em que apontou perda acumulada de 6,5%. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 7,3% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 28,5% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou expansão de 0,6% em novembro de 2023, após assinalar queda acumulada de 4,5% entre agosto e outubro. Dessa forma, o segmento se situa 3,9% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 37,9% acima de fevereiro de 2020.

No confronto com novembro de 2022, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros mostrou retração de 8,0% em novembro de 2023, após ter avançado 1,4% em outubro; ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 4,2%, assinalando, assim, o 39º resultado positivo consecutivo.

No indicador acumulado de janeiro a novembro de 2023, o transporte de passageiros mostrou expansão de 0,9% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 8,6% no mesmo intervalo investigado.

Sobre a pesquisa

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS)  tem o objetivo de produzir indicadores que permitam o acompanhamento da evolução conjuntural do setor de serviços empresariais não financeiros e de seus principais segmentos.

A PMS apresenta dois tipos de índices com base na variável que está sendo investigada. No primeiro, são
apresentados os índices de receita nominal, que são os valores brutos. No segundo, a pesquisa apresenta índices de volume, que são ajustados para remover os efeitos da inflação.

Este ajuste é realizado a partir dos índices de preços específicos para cada categoria de atividade econômica e para cada estado brasileiro, sempre que isso é possível.

Fonte: Correio do Estado