O Palmeiras perdeu o Dérbi para o Corinthians por 2 a 1, na noite deste sábado, na Neo Química Arena, pelo Campeonato Brasileiro.
Porém, na visão do técnico Abel Ferreira, o Verdão foi superior ao rival no confronto, mas não soube ser eficaz.
– Na minha opinião, assumimos o jogo, fomos o protagonista. Os números valem o que valem, mas o que conta é o resultado. Finalizamos 16 vezes, o adversário oito, mas futebol é eficácia, eficiência. O jogo foi decidido por um lance individual – analisou.
O treinador também lamentou a falta de agressividade do time na marcação, sobretudo no primeiro gol do Corinthians, mas elogiou o poder de criação.
– Primeiro tempo muito equilibrado. Sofremos um gol em um lançamento. Uma coisa que temos que ter em um Dérbi é agressividade nos duelos. Quando olhamos para o gol e a forma como abordamos o lance, é fácil identificar que as divididas são fundamentais para nós ganharmos. Não pode sofrer um gol dessa maneira – avaliou.
– Mas mantivemos a serenidade, o Palmeiras impôs seu jogo, chegamos ao empate com justiça, assumimos esse risco. E aí depois o Dudu poderia fazer o gol e iríamos para o intervalo vencendo. No segundo tempo, tivemos quatro chances para marcar antes de sofrermos o belo gol do adversário, mas futebol é isso, ele penaliza quem não faz gols – disse.
Com a derrota, o Palmeiras se manteve com 38 pontos, na segunda colocação, oito atrás do Atlético-MG. Abel diz que não desiste do título do Brasileirão.
– Para mim, essa competição está aberta, é uma maratona. Quando cheguei no ano passado, o primeiro colocado tinha 15, 12 pontos de diferença, e foi perdendo. É preciso estar sempre alerta. Eu não atiro toalha ao chão, vamos acreditar – declarou.
Avaliação do time no jogo
– Desde quando chegamos, fazemos isso, com bola sempre construímos com quatro. Sabíamos que o Corinthians é um time que espera mais e sai em transição. Optamos por fazer essa construção de três mais um, assim conseguimos chegar aos corredores. Conseguimos criar chances, eles defendiam em bloco baixo, era difícil encontrar espaços. Primeiro tempo muito equilibrado, sofremos um gol em um lançamento. Uma coisa que temos que ter em um Dérbi é agressividade nos duelos . Quando olhamos para o gol e a forma como abordamos o lance, é fácil identificar que as divididas são fundamentais para nós ganharmos. Não pode sofrer um gol dessa maneira. Mas mantivemos a serenidade, o Palmeiras impôs seu jogo, chegamos ao empate com justiça, assumimos esse risco. E aí depois o Dudu poderia fazer o gol e iríamos para o intervalo vencendo. No segundo tempo, tivemos quatro chances para marcar antes de sofrermos o belo gol do adversário. A mais clara foi a bola na trave do Veron, temos outra de escanteio com o Luan, outra de cruzamento que o Veron tem a chance de cabeça, mais uma de escanteio com o Deyverson, mas futebol é isso, ele penaliza quem não faz gols. Não adianta dizer que fizemos bom jogo, que chutamos 16 vezes e eles oito, no fim o adversário ganhou.
Transições defensivas no jogo
– Deixamos três jogadores para transição, Renan, Luan e Gómez. Mais que suficiente. Normalmente as equipes deixam dois zagueiros e mais o cinco. Deixamos três e mais um. Há uma coisa que se chama agressividade competitiva, casca, experiência, e isso só se ganha jogando. O lance do impedimento do adversário pode ser matado fazendo falta. Temos uma regra que quando perdermos a bola temos que ser agressivos, fazer falta para matar a transição. Não tem a ver com jogar com ou sem um cinco. Jogamos com Renan, Luan e Gómez. Temos que na perda de bola ser fortes, fazer o que fizemos no último jogo, matar as transições e não deixar que eles saiam. O jogo foi resolvido em uma ação individual.
Por que não incomodou o Corinthians?
– Tenho opinião diferente, jogamos com Patrick, Scarpa e Danilo, um meio bem agressivo. Não jogamos com um camisa cinco. Nosso adversário chutou oito vezes, nós chutamos 16. Resultado final, 2 a 1 para o adversário.
Dificuldade na criação
– Eles fecharam muito bem os espaços, mas fomos capazes de encontrar. No fim do primeiro tempo, tivemos uma grande chance com Dudu na transição. Nós tentamos entrar, eles estiveram sempre atrás da linha da bola, muito compactos, e ver sempre o adversário de frente, quando você faz isso, os espaços não existem. Quando o time joga em 15 metros, com uma barreira à frente da área, não tem espaço. Mas na minha opinião assumimos o jogo, foi o protagonista. Os números valem o que valem, mas o que conta é o resultado. Finalizamos mais, futebol é eficácia, eficiência. O jogo foi decidido por um lance individual.
Jogo parecido com terça-feira
– Sabemos que temos um time muito jovem, com experiência também. O clube decidiu seguir uma filosofia, que é muito clara para todos. Temos um desejo grande de aprender, a prova disso é o primeiro gol deles. Vamos ter que ver, vou mostrar o lance a eles, a um jogador em particular, neste nível a agressividade sem bola tem que ser de outra maneira, e ganha com experiência. Aos 18, 19 anos, é um risco. São bons jogadores, de muita qualidade, o futuro do clube é este. Quando o clube assumiu esses riscos, sabia que ia perder em algumas coisas e ganhar em outras. Mas no próximo jogo estaremos prontos, confiantes, trabalhando a parte mental. É um jogo que decide para a final da Libertadores. Vamos defender o título com unhas e dentes. Enfrentamos um time cascudo, que fez investimento muito grande, mas com nossas armas e inteligência, vamos procurar entrar competitivos. Nosso objetivo é estar na final.
Parte psicológica do time
– Por isso a regra das 24 horas não serve só para as vitórias, serve para derrotas também. O jogador brasileiro em capacidade física, talento, técnica, tem de sobra, mas a capacidade de lidar com as adversidades, os obstáculos, é um aspecto que tem a melhorar. O clube tem uma estrutura que trabalha nessa área e tem um treinador… Os times têm estrutura, bons jogadores, bons técnicos, mas na minha opinião o que faz a diferença é aquilo que está entre as duas orelhas, o quanto é focado, concentrado, competitivo. Competir para ganhar é tudo. Umas vezes vamos errar, vamos acertar. Com os mais experientes ganhamos umas coisas, com os mais jovens, outras. Temos um elenco equilibrado, com boa mistura, que já deu alegrias aos torcedores, mas sabemos que temos que começar tudo de novo depois que se ganha. Para mim, essa competição está aberta, é uma maratona. Quando cheguei no ano passado, o primeiro colocado tinha 15, 12 pontos de diferença, e foi perdendo. É preciso estar sempre alerta. Eu não atiro a toalha ao chão, vamos acreditar. Vou confidenciar o que o Cuca me disse no último jogo. Disse: “Que seja um bom jogo, e se estamos aqui é porque as equipes são boas.” É isso que vai acontecer, vamos disputar uma passagem à final e vamos fazer tudo para ser do Palmeiras.
FONTE: GLOBO ESPORTES/G1.