Devido ao baixo volume de chuvas registrado no último mês, Mato Grosso do Sul deve decretar situação de emergência ambiental, nos próximos dias.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a medida é preventiva, mas se deve ao indicativo da seca estar presente em todos os municípios sul-mato-grossenses ao longo de 2021.

O assunto foi discutido em uma reunião coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA), na qual foi destacado o baixo volume de chuvas nos últimos 30 dias no Estado.

“As informações repassadas pelos técnicos evidenciaram uma baixa precipitação pluviométrica nos últimos 30 dias. Além disso, o volume de chuva nos meses de janeiro a março deste ano ficou abaixo da média histórica e a previsão para os próximos 18 dias é de chuva irregular. Esse conjunto de fatores acenderam o alerta de seca”, explicou o secretário Verruck.

No início do mês de março, o Ministério do Meio Ambiente publicou a Portaria MMA Nº 78, que já declarou estado de emergência ambiental em épocas e regiões específicas do país.

Para Mato Grosso do Sul, o período abrange os meses de maio a dezembro de 2021. “É uma medida preventiva e devemos seguir na mesma linha do Ministério”, disse o titular da Semagro.

O Serviço Geológico Brasileiro, apresentou o levantamento da situação dos principais rios do Estado, também ressaltando a baixa precipitação no período mais chuvoso do ano, que não foi suficiente para elevar o nível dos rios aos valores das médias históricas.

“Temos vazões satisfatórias nos rios Coxim e Aquidauana, mas as réguas de Ladário e Porto Murtinho alertam que para os meses de setembro/outubro devemos ter problemas de navegabilidade”, afirmou Verruck.

Conforme o secretário, há claras indicações de seca mais intensa na Costa Leste e, por isso, é importante continuar com os mecanismos de prevenção a incêndios florestais que o governo já anunciou, como os investimentos em equipamentos para fortalecer o trabalho do Corpo de Bombeiros e a implantação do Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo.

“Na questão econômica, já orientamos que, tanto as empresas de mineração e produtores de grãos antecipem ao máximo seus embarques para exportação por meio dos portos em Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, a fim de aproveitar o período de melhor calado do Rio Paraguai”, finalizou.

Fonte: Correio do Estado