Aconteceu na tarde desta quinta-feira (11) um reunião para tratar medidas mais rígidas, após o Governo do Estado anunciar que, a partir da próxima segunda-feira (22), passa a vigorar um decreto que determina toque de recolher das 20h às 5h em todo o Mato Grosso do Sul.
Após o evento, as autoridades presentes condenaram uma entrevista coletiva e anunciaram que todo o efetivo das polícias Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros serão designados para coibir o descumprimento das medidas mais restritivas.
Segundo o procurador Geral de Justiça do Estado, Alexandre Magno Benites de Lacerda, a polícia terá uma atuação mais rígida, principalmente para coibir festas clandestinas.
“Seremos mais energéticos para tentar coibir aglomerações, pois não queremos que o Mato Grosso do Sul passe pelo mesmo drama do que ocorreu no Amazonas. Nosso vizinho, o Mato Grosso já tem um cenário desse que nos assusta muito. Portanto, iremos coibir e, se for preciso usaremos de força para dispersar qualquer tipo de aglomeração, como as festas clandestinas, por exemplo”, projetou.
Ao ser perguntado pelo Correio do Estado, quais medidas mais coercitivas seriam adotadas, o procurador afirmou que, ainda continuam valendo as sanções baseadas nos decretos estadual e municipais.
“Continuam valendo as mesmas medidas. Por exemplo, estabelecimentos comerciais podem perder o alvará de funcionamento, já os proprietários podem ser presos caso neguem seguir a ordem de fechamento. Já quem promove festa, pode ser enquadrado por atentar contra a saúde pública”, explicou
O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), falou sobre a questão econômica, principalmente nos bairros periféricos. “A restrição vale no período noturno, ou seja, se esse pequeno empresário quiser pode trabalhar das 5h às 20h, depois poderá ter seu descanso normal. Portanto, não impede que ele trabalhe durante esse período. O setor que será afetado poderá ser o de bares e restaurantes, infelizmente, porém é algo que devemos adotar para frearmos o avanço da doença”, disse.
Além de Magno e o prefeito Trad, também participaram da reunião o secretário de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira; o secretário Municipal de Segurança e Defesa Social da Capital, Valério Azambuja; o comandante-geral da PM, Cel. Marcos Paulo Gimenez; o comandante-Geral dos Bombeiros Militar, Cel. Hugo Djan Leite; Defensor-Geral do Estado, Fábio Rogério Rombi da Silva; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Sucursal Mato Grosso do Sul (OAB-MS), Mansour Elias Karmouche.
Fonte: Correio do Estado