Com 57 votos, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado Federal, na tarde desta segunda-feira (1º).
Ele derrotou a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que obteve 21 votos dos 80 possíveis na Casa de Leis.
A parlamentar predeu força nas últimas semanas, sofrendo inúmeras derrotas, sendo que uma delas, foi o isolamento articulado pelo próprio partido.
Rodrigo Pacheco tinha o apoio do ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e também do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O senador, antagonista no pleito da senadora sul-mato-grossense, é tido pelos adversários como uma figura que poderia não respeitar a independência entre os poderes, e obedecer aos mandos do Planalto da Alvorado.
No entanto, ele conseguiu apoio de partidos de esquerda, como o principal antagonismo ao bolsonarismo, o PT, do ex-presidente Lula, e o PDT, de Ciro Gomes.
Para não restarem dúvidas de uma postura independente, antes da eleição o parlamentar afirmou que em sua gestão o Senado será independente.
“Não haverá nenhum tipo de influência externa capaz de influenciar a vontade livre e autônoma dos senadores. A busca do consenso haverá de ser uma tônica, mas há instrumentos e procedimentos próprios da democracia para se extrair uma conclusão, a conclusão que advenha da vontade da maioria”, declarou.
“Asseguro com toda a força do meu ser o meu propósito de independência em relação aos demais poderes, em relação às demais instituições, buscando sempre harmonizar o Poder Legislativo com os demais Poderes da República”, acrescentou o senador.
Apesar disso, Pacheco disse ser importante que haja um ambiente de governabilidade entre os Três Poderes, e comentou que os senadores precisam “ser colaborativos e participativos” com essa gestão.
Rodrigo Pacheco
Formado em Direito, Católico, está em seu 1º mandato no Senado e irá presidir o Senado até fevereiro de 2023. Antes, havia sido deputado federal.
O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de 44 anos, foi eleito nesta segunda-feira (1) o novo presidente da Casa pelos próximos dois anos.
Nasceu em Porto Velho (RO), mas se elegeu por Minas Gerais, onde a família é dona de empresas de transporte rodoviário.
Rodrigo Pacheco, se tornou presidente do Senado e o terceiro da linha sucessória na Presidência da República com apenas dois anos de atuação como senador e um total de seis anos de vida política.
Aliados apontam que a rápida ascensão é consequência do esforço para montar alianças e conexões políticas.
Além disso, conquistou posições de destaque no Congresso, como na presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, durante a análise de denúncias contra o presidente Michel Temer (MDB). E ainda, um pouco de sorte.
O senador mineiro entrou na disputa do Senado como grande favorito, contando com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e herdando praticamente toda a articulação de seu padrinho político nessa disputa, o agora ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Fonte: Correio do Estado