Os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE), e no Congresso Nacional, Eduardo Gomes (TO), desistiram da disputa interna para concorrer à presidência do Senado Federal pelo MDB. Com isso, a senadora sul-mato-grossense, Simone Tebet, aumentou suas chances para concorrer ao cargo de mandatária da Casa de Leis pela legenda.
Com as duas declinações dos líderes, o único adversário da parlamentar agora é o também senador Eduardo Braga (AM). Mesmo com o afunilamento na disputa interna, a tarefa de Tebet não será difícil, pois Braga é líder da bancada emedebista no Senado.
Porém, a senadora foi fundamental na eleição do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ele alcançou o posto justamente por um racha no MDB em 2019, quando boa parte da bancada resolveu não votar em seu correligionário Renan Calheiros (AL).
Na época, Simone Tebet lançou-se candidata, mas retirou a candidatura em uma sessão conturbada, após um acordo para levar Alcolumbre ao comando da Casa. Daquele episódio, Tebet ganhou força política e saiu presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa.
A senadora se coloca como opção para disputar a presidência, em um processo de reaglutinação da bancada emedebista e do movimento independente da Casa chamado de Muda Senado, que conta com senadores do DEM e do PSDB, além do próprio MDB, do qual Simone faz parte.
Votos necessários
O Senado Federal conta com 81 senadores. Para a eleição do presidente, o postulante ao cargo deve alcançar maioria simples, ou seja, 41 votos. Um dos articuladores da campanha da senadora, revelou que hoje ela soma 34 votos, contando com a bancada emedebista e parlamentares que já se comprometeram a elegê-la.
Disputa no plenário
Embora a senadora se mostra uma forte concorrente para os articuladores da sua campanha, a demora em definir um nome definitivo pode atrapalhar as pretensões dela e do MSD nessa disputa. Partidos que poderiam ser aliados em uma frente contra um candidato governista, como PSDB, afirmou que não poderá fechar questão em torno da legenda sem saber qual o nome do candidato.
Já o PT, a maior bancada de oposição do Senado, com 6 representantes, definiu nesta segunda apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado Federal. O candidato é apoiado por Davi Alcolumbre (DEM-AP), atual presidente e que tem a benção do presidente Jair Bolsonaro para fazer seu sucessor.
Fonte: Correio do Estado