O deputado mais jovem da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul (ALEMS), João Henrique Catan (PL) não gostou de ser contrariado pelo colegas e deixou então grupo G11 (composto por parlamentares do PSD, SD, PP, PTB, Republicanos, PSL, PL e Jamilson Name sem partido)  anunciando sua saída do formato.  A atitude radical do parlamentar não repercutiu de maneira agradável entre os demais, alguns consideraram como uma “birra” por não ter consguido continuar na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

A postura de Catan já estava sendo questionada há um tempo nos bastidores do Legislativo e segundo informações apuradas pelo Correio do Estado, a saída da CCJ também foi um pedido do Governo do Estado, além da insatisfação de outros deputados.

Depois de oito sessões ordinárias, quase um mês de trabalho, a Assembleia Legislativa conseguiu, enfim, montar a CCJ para o ano legislativo que começou no dia 4 deste mês. A principal comissão da casa, será composta pelos deputados Gerson Claro (PP), Evander Vendramini (PP), Lídio Lopes (Patriotas), Eduardo Rocha (MDB) e Professor Rinaldo (PSDB). O presidente e o vice da comissão também já foram anunciados.

“Fiz reunião no plenário mesmo porque sou o mais velho do grupo e entramos em consenso. Lídio Lopes continua como presidente e Rinaldo Modesto como vice”, afirmou o deputado Evander Vendramini.

O bloco majoritário, que até a sessão de ontem é chamado de G11, emplacou os dois deputados do PP, para a insatisfação de Catan, que esperava ficar mais um ano na CCJ. O atraso na formação da comissão, que dá o aval sobre a legalidade de qualquer projeto protocolado na Casa, atrapalhou o andamento de uma das principais finalidades do cargo de deputado estadual: legislar.

Antes da sessão de ontem deputados do G11 se reuniram no gabinete do líder do grupo e mais experiente da Casa, Londres Machado (PSD), para denifir quais nomes seriam indicados e Catan ficou de fora. Conforme noticiado ontem pelo Correio do Estado, Londres já havia afirmado que caso não tivesse consenso os nomes seriam votados.

Em nota o deputado disse que vai deixar o G11 – voltando o grupo a se tornar G10, porém não deve seguir com o G8.

Conforme a assessoria de imprensa do parlamentar,  João Henrique diz que continua atento à CCJR, mesmo não fazendo mais parte da comissão.  “Sempre prestigiei o grupo e os colegas da CCJR, mas não posso participar de um coletivo que quebra um compromisso deste tamanho. O G11 volta a ser G10 e eu volto para a tribuna, agora mais independente e sempre com foco na população sul-mato-grossense”.

Procurado pelo Correio do Estado, Catan chegou a se comparar com o prefeito Marcos Trad (PSD). “Fui perseguido por ser indepente e enfrentar instituições, defendi o grupo sempre que pude. Não gosto da política singular, mas não vejo problema de seguir independente, se isso viabilizar uma atuação melhor para o povo, só me preocupo com eles. Tiraram o Marquinhos da mesma forma no passado, o destino foi justo com ele”, declarou o parlamentar.

Regimento

Conforme o regimento da Assembleia Legislativa, os deputados tem até a sessão de hoje para formarem todas as demais comissões. Conforme o artigo 45, após indicação de líderes e blocos os parlamentares tem cinco sessões para nomear titulares e suplentes, irão integrar cada uma delas.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO