Investigação conjunta entre a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal prendeu, na tarde desta sexta-feira (9) três homens, de 24, 25 e 30 anos, acusados de invadir três fazendas e furtar equipamentos de alta tecnologia, como GPS e antenas, avaliados em R$ 1,65 milhão.
A prisão aconteceu no distrito de Anhanduí, a 55 quilômetros ao sul de Campo Grande. Os furtos, porém, ocorreram em duas fazendas de São Gabriel do Oeste, na quarta-feira, a 150 quilômetros ao norte da Capital. Nas duas propriedades, o prejuízo chegou a R$ 400 mil.
No dia seguinte, dia 8, o mesmo trio invadiu outra fazenda, desta vez em Itiquira, em Mato Grosso. Eles furtaram treze antenas, dez monitores e dez módulos, causando um prejuízo estimado em R$ 1,25 milhão.
Estima-se que cada monitor custe R$ 100 mil e cada antena, cerca de R$ 60 mil. Caso sejam retirados dos tratores sem o devido conhecimento, podem perder a utilidade.
Os investigadores da Delegacia Especializada de Combate a Crimes Rurais e Abigeato (DELEAGRO) e da Delegacia de São Gabriel do Oeste conseguiram identificar o veículo utilizado pelos ladrões e por isso foi interceptado pela PRF na BR-163, em Anhanduí, na tarde de sexta-feira.
Tanto os ocupantes quanto o veículo tem documentação paraguaia e por isso a polícia suspeita que estivessem indo em direção à fronteira.
Na caminhonete, contudo, não havia nenhum dos equipamentos furtados. Durante interrogatório, porém, eles confessaram que esconderam tudo em matagais próximo a São Gabriel e Itiquira.
Agora, a polícia investiga se os mesmos homens estão envolvidos em outros furtos de equipamentos do mesmo tipo em fazendas de diferentes municípios de Mato Grosso do Sul e em estados vizinhos.
Os investigadores também estão em busca de outros envolvidos e daqueles que compram esses equipamentos, usados principalmente em tratores e colheitadeiras para a chamada agricultura de alta precisão em grandes propriedades rurais.
Combinando o GPS com sistemas de informações geográficas (SIG), é possível realizar usar atecnologia para lidar com a variabilidade do solo e do clima nas lavouras.
Com isso, os adubos e defensivos agrícolas são mais bem dosados, o que reduz os custos, aumenta a produtividade e diminui a contaminação do meio ambiente.
Esses equipamentos permitem que o produtor saiba exatamente qual parte da sua lavoura vai precisar de determinado insumo, como um fertilizante ou defensivo agrícola, impedindo que ele faça uso de tais substâncias de maneira indiscriminada.
(com assessoria da Polícia Civil)
FONTE: CORREIO DO ESTADO