O ciclo da safra de grãos 2022/2023 se encerra com um novo recorde. A produção para este ano está estimada em 322,8 milhões de toneladas em todo o Brasil. Somente em Mato Grosso do Sul, 27,9 milhões de toneladas devem ser colhidas, um aumento de 26,6% em relação a 2022.

Para o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, os dados consolidam a estimativa recorde de produção da história brasileira. “são 322,8 milhões de toneladas de grãos, o que representa um aumento de 50,1 milhões de toneladas de grãos a mais do que na safra passada.”.

A quantidade de grãos colhidos em todo o Brasil representou um crescimento de 18,4%, o que corresponde a 50,1 milhões de toneladas colhidas a mais sobre a temporada anterior.

Com uma  maior área plantada, o país chegou a 78,5 milhões de hectares, como também de uma melhor produtividade média registrada, saindo de 3.656 kg/ha para 4.111 kg/ha.

Mato Grosso do Sul também teve expansão de sua área a ser colhida neste ano. Serão 6,5 milhões de hectares, 4,3% maior do que a área colhida em 2022, o que representa um aumento de 265.262 hectares. O Estado ocupa o 5º lugar de maior produtor de grãos no Brasil.

Grãos

Segundo a Conab, nesta temporada, a soja apresentou recuperação de produtividade no estado de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Já no Rio Grande do Sul, houve melhora no desempenho apesar das condições climáticas não favoráveis.

Para o milho a estimativa é de que seja também a maior colheita já registrada na série histórica. No somatório das 3 safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, incremento de 18,7 milhões de toneladas do obtido no ciclo anterior.

Já o arroz e feijão, importantes produtos para a mesa do brasileiro, apresentam cenários distintos. Houve redução de área de plantio devido à concorrência com outras culturas na época mais rentáveis.

O arroz teve uma queda de produção de 6,9%, chegando a 10 milhões de toneladas. Já o feijão apresentou bons resultados, com 1,7% acima da safra anterior, o que representa 3,04 milhões de toneladas colhidas.

Safra recorde em MS

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a Safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar um novo recorde em 2023, totalizando 27,9 milhões de toneladas até o fim do ano. O número é 26,6% maior do que a Safra 2022 que somou 22,0 milhões de toneladas.

A área a ser colhida no estado também deverá ser maior neste ano. Serão 6,5 milhões de hectares, 4,3% maior do que a área colhida em 2022, o que representa um aumento de 265.262 hectares.

Cabe destacar que Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,6%, seguido pelo Paraná (14,8%), Goiás (10,1%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (8,9%) e Minas Gerais (6,2%).

Num levantamento mais panorâmico das cinco regiões brasileiras, o Centro-Oeste aparece em primeiro lugar com 49,8% da produção nacional, seguido pela região Sul com 26,6%, Sudeste com 9,7%, Nordeste com 8,7% e o Norte com 5,2%.

Expectativa

As expectativas de recorde de produção estão entre os grãos de soja, com 14 milhões de toneladas, do milho com 13,3 milhões de toneladas, sendo 184.832 toneladas de milho na 1ª safra e 13,1 milhões de toneladas de milho na 2ª safra, do trigo com 85.725 toneladas e do sorgo com 373.476 toneladas.

Conforme analisa o gerente do LSPA, Carlos Barradas, o crescimento da produção se deve ao aumento de área, aos maiores investimentos realizados pelos produtores e ao clima que, de uma maneira geral, beneficiou quase todas as unidades da federação.

Mercado Internacional

Os bons resultados da safra 2023 colocam o Brasil como o principal exportador de soja e milho. Para a oleaginosa é esperado que o volume exportado chegue a 96,95 milhões de toneladas do grão.

Já para o cereal, a estimativa da Conab indica a exportação de 50 milhões de toneladas, ultrapassando as norte-americanas.

O bom cenário para as vendas ao mercado internacional é verificado também para farelo e óleo de soja, com expectativa de 21,82 milhões de toneladas e 2,6 milhões de toneladas respectivamente.

Para o algodão, as exportações podem atingir 1,7 milhão de toneladas nesta safra.
A produção também teve  recorde da pluma o que permitiu uma recomposição nos estoques finais na ordem de 59%, atingindo 2,1 mil toneladas.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO