Na última semana, mais uma morte por dengue foi confirmada em Mato Grosso do Sul. A vítima foi um homem, de 91 anos, do município de Bataguassu.
Com isso, o número de vítimas no Estado neste ano subiu para 34.
Segundo boletim epidemiológio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), além das mortes confirmadas, há outras 10 em investigação.
Entre os dias 19 a 25 de julho, foram confirmados 376 novos casos de dengue, uma média de 53 casos por dia. Desde o início do ano, já foram confirmados 36.634 casos da doença em Mato Grosso do Sul.
Os números registrados nos primeiros sete meses deste ano já são superiores aos registrados nos dois últimos anos. Em 2021, foram 14 óbitos e 8.027 casos confirmados da doença. No ano passado, foram 24 óbitos e 21.328 casos confirmados.
Isso significa que, em comparação com 2022, Mato Grosso do Sul já apresenta aumento de 41,6% no número de mortos por dengue, e 71,7% no número de casos confirmados.
Se comparado com 2021, os números são ainda mais alarmantes: aumento de 143,8% nos óbitos e de 356% no número de casos.
Alerta
Ainda conforme o boletim epidemiológico, dos 79 municípios do Estado, 74 estão em estado de alerta vermelho, ou seja, possuem alta incidência* de dengue.
Outros quatro possuem alerta amarelo, com média incidência. São eles: Ribas do Rio Pardo, Terenos, Paranaíba e Tacuru.
Apenas Aparecida do Taboado aparece no boletim epidemiológico com baixa incidência de dengue.
*Alta incidência é quando o município registra acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Média incidência é quando o município registra de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes.
Saiba
De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções por dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, podem, ainda, resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, síndrome de Guillain-Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas diagnosticadas por médico especialista.
Fique atento aos sintomas:
- Febre alta > 38°C;
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
Vacina
Aprovada em março deste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina contra a dengue já está disponível na rede privada de saúde.
Conforme reportagem do Correio do Estado, pesquisa feita no fim de junho apontava que a dose da vacina custa entre R$ 475 e R$ 650 em Campo Grande.
De responsabilidade da farmacêutica japonesa Takeda e reconhecido como Qdenga, o produto possui eficácia de 80% contra o vírus.
Por definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina deverá ser administrada via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.
Até o momento, o Ministério da Saúde não definiu se a vacina será disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Para que isso aconteça, o produto deve passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) em processo com ao menos seis meses.
FONTE: CORREIO DO ESTADO