Na última semana, duas pessoas morreram vítimas de dengue em Mato Grosso do Sul. Com isso, o número de vítimas de doença neste ano subiu para 33 no Estado.

De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), além das mortes confirmadas, há outras 10 em investigação por suspeita da dengue.

No ano passado, 24 morreram pela doença.

O boletim traz dados do dia 8 a 15 de julho. Nessa semana de referência, foram confirmados 807 casos de dengue, o que dá, em média, 115 casos confirmados por dia.

Desde o início do ano, o Estado soma 36.258 casos confirmados de dengue, número já superior ao registrado durante 12 meses do ano passado, quando foram 21.328 em todo o ano.

Além disso, há 48.319 casos notificados como prováveis de dengue.

Com relação às mortes da última semana, uma das vítimas é uma mulher de 51 anos, que residia em Campo Grande e não apresentava comorbidade.

A outra é um homem de 30 anos, morador de Inocência, que tinha hipertensão arterial.

Ainda conforme o boletim epidemiológico, dos 79 municípios do Estado, 74 estão em alta incidência de dengue.

É considerada alta incidência quando o município registra acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

Saiba

De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções por dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, podem, ainda, resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, síndrome de Guillain-Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas diagnosticadas por médico especialista.

Vacina

Aprovada em março deste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina contra a dengue já está disponível na rede privada de saúde.

Conforme pesquisa feita no fim de junho apontava que a dose da vacina custa entre R$ 475 e R$ 650 em Campo Grande.

De responsabilidade da farmacêutica japonesa Takeda e reconhecido como Qdenga, o produto possui eficácia de 80% contra o vírus.

Por definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina deverá ser administrada via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.

Até o momento, o Ministério da Saúde não definiu se a vacina será disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Para que isso aconteça, o produto deve passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) em processo com ao menos seis meses.

Fonte: Correio do Estado