Ele não corta nada. Do estágio do roteiro até as filmagens, nada fica para trás. Eu não sabia disso sobre o processo dele até fazer este trabalho”, comenta Damon, que já havia trabalhado com Nolan em Interestelar. “Logo que li o roteiro, ele me perguntou: ‘Você acha que algo precisa ser cortado aqui?’. Eu disse que não, porque era uma história contada de forma muito densa, mas sugeri que ele tomasse a decisão final depois das filmagens. Ele me respondeu: ‘Oh, não. Se eu gravo uma coisa, ela será usada no filme.’

Para Blunt, que registra sua primeira colaboração com o cineasta em Oppenheimer, a maior surpresa foi o clima tranquilo nas filmagens: “O set de um filme de Christopher Nolan é o set menos caótico que você vai encontrar em Hollywood. Todo o barulho e as distrações ficam em segundo plano. Tenho certeza que Chris estava lidando com uma miríade de problemas todos os dias, mas ele não deixava isso chegar até nós. Ele é um talento-furacão, mas dentro de uma embalagem muito serena.

Os dois companheiros de elenco concordam com uma coisa: Nolan é muito bom em dirigir atores. “Ele é muito curioso sobre o processo dos atores, e você pode confiar nele para tomar conta de você no set. Isso é o que realmente cultiva as performances incríveis que vemos nos filmes dele”, diz Blunt.

É muito raro que filmes grandes como esse tenham ótimas atuações, mas é o que acontece em todos os filmes de Chris”, completa Damon. “Isso não é um acidente, é claro. Acontece porque ele prioriza os atores, ele sabe o que quer deles e sabe comunicar a eles o que precisa em cada cena.

Oppenheimer estreia em 20 de julho nos cinemas brasileiros.

Fonte: Omelete