Campo Grande, apesar do aumento de 2% na Intenção de Consumo das Famílias (ICF) permanece abaixo dos 100 pontos em junho, figurando ainda na “zona negativa”, conforme análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Medindo o que as famílias fazem com seu orçamento – além dos níveis atuais e de curto prazo do consumo -, o ICF avalia sete itens junto aos consumidores, sendo:

  • Emprego Atual,
  • Perspectiva Profissional,
  • Renda Atual,
  • Facilidade de Compra a Prazo,
  • Nível de Consumo Atual,
  • Perspectiva de Consumo no curto prazo e Oportunidade para compra de bens duráveis.

Atualmente, Campo Grande mediu 97,5 pontos nesse mês de junho, apontando ainda uma concentração de bom desempenho entre famílias que recebem na faixa de até 10 salários mínimos.

Numa análise geral da situação da Capital, o gráfico mostra que apenas o acesso ao crédito, representando pela “Compra a Prazo”, indicou declínio (-1,1%) em junho.

Ainda assim, a economista Regiane Dedé de Oliveira, do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS, faz questão de frisar os desequilíbrios dessa balança, que afetam uma impulsão pungente no consumo familiar, que por um lado sente a queda da inflação, mas esbarra justamente num crédito caro e juros altos.

“Embora mais otimistas, o endividamento em nível elevado e os juros altos limitam a capacidade de consumo e os efeitos benéficos da maior renda disponível. Com isso, as vendas do varejo e dos serviços têm desacelerado”, comenta ela, com base nos dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

Bens duráveis

Analisados ponto a ponto, um olhar curioso de se lançar é sobre o ponto “Momento para Duráveis”, que englobam a intenção de compra de itens como televisões e outros eletrodomésticos.

Há dois meses, a pesquisa já indicava um comportamento das faixas de renda, que em comum tinham o ponto de que ninguém estava com intenção de comprar TVs e eletrodomésticos nos próximos meses.

No público geral, 70,9% classificavam o período como “mau” para aquisição desses bens, índice que ficou em 71,5% para quem recebe até 10 salários mínimos e 68% para os que estão acima dessa faixa salarial.

Atualmente, no geral, 68% classificam o momento como “mau” para aquisição de bens duráveis, sendo 68,3% (na faixa até 10 s.m.) e 66,3% (para mais de 10 s.m.).

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO