Divulgada nesta quarta-feira (7), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre os aspectos da Educação em 2022, mostrou que em Mato Grosso do Sul existem mais mulheres que homens cuja escolaridade é nível superior completo. De acordo com os dados, este número chega a ser 50% maior em relação ao gênero mascuilno.
O levantamento aponta que, em 2022, cerca de 219 mil mulheres de MS tinham cursado alguma faculdade, o que representa 24,8% da população estadual. Já para os homens este número é de 146 mil, ou seja, 17,4% dos sul-mato-grossenses.
Em outro ponto, a pesquisa ainda mostra que o número de pessoas com nível superior subiu 60% em relação ao pesquisado em 2016, quando a quantidade de pessoas com bacharelado ou licenciatura era de 227 mil, o que significa dizer que apenas 14,5% dos residentes em MS tiveram acesso ao nível superior.
Por outro lado, a pesquisa realizada no ano passado, aponta que este percentual subiu para 21,2%, ou seja, 365 mil pessoas entre homens e mulheres tinham graduação completa.
Embora a população negra seja de 956 mil de pessoas, apenas 137 mil (14,3%) tinham nível superior, enquanto dos 729 mil brancos, 218 mil (29,9%) tinham alguma faculdade completa.
Assim como mulheres e pessoas brancas figuram como as que mais tiveram acesso ao ensino superior, também são elas que mais dedicam tempo para os estudos. De acordo com o levantamento, de forma geral, os brasileiros com 25 anos ou mais, ficam 9,9 anos estudando.
Por sua vez, em MS a média é de 10,1 anos, sendo que para mulheres este tempo é de 10,4 anos e para os homens é de 9,8 anos. Em relação à cor e raça também houve uma grande diferença: pessoas brancas ficaram estudando por 11 anos e 9,4 anos para pretos e pardos, ou seja, uma diferença de 1,7 anos entre os grupos.
ESCOLARIZAÇÃO INFANTIL
Com relação à escolarização de crianças entre 0 e 5 anos, a taxa é de 53,7% em Mato Grosso do Sul. O Estado ocupa a 11ª posição no ranking entre as unidades da federação.
O Plano Nacional de Educação (PNE), em sua Meta 1 estabeleceu que, no mínimo, 50% das crianças de 0 a 3 anos frequentem creche até o final da vigência do Plano (em 2024).
Analisando esse recorte da faixa etária, Mato Grosso do Sul sobe seis posições no ranking entre os estados, ficando na quinta posição, com 38,6%.
Referente a taxa de escolarização por cor e raça, a escolarização infantil é a faixa que apresenta maior disparidade.
Enquanto a taxa entre crianças brancas é de 92,2%, a taxa de escolarização entre as crianças pretas e pardas fica em 85,0%.
FONTE: CORREIO DO ESTADO