Pelo menos três medalhistas paralímpicos sul-mato-grossenses integram a nova relação com 6.361 atletas – entre os 6.419 (seis mil quatrocentos e dezenove – contemplados pelo Programa Bolsa Atleta, divulgados nessa quinta-feira (18), conforme publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Assinada pela Ministra de Estado do Esporte, Ana Beatriz Moser, na relação de atletas que assinaram o termo de adesão disponibilizado pela Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento aparecem Rosenilda Aoyama, Jhonatan Bento Gamarra e Jean Adriano Rodrigues entre os 6.361 listados.

Esses três atletas locais foram destaque também no Campeonato Brasileiro de Atletismo Paralímpico 2022, disputado no segundo fim de semana de maio de 2022, em São Paulo, evento que trouxe para Mato Grosso do Sul um total de 16 pódios acumulados.

Importante frisar que MS voltou com um total de 16 medalhas desta competição e, conforme o então diretor-presidente da Fundesporte, Silvio Lobo: “Mais do que subir ao pódio, nossos atletas também têm a oportunidade de adquirir experiência em meio a atletas de alto nível do paradesporto nacional”.

Sendo um evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Rosenilda Aoyama (competindo pelo clube Sprint Social), garantiu ouro no Arremesso de peso F63 (6,44m). Rose sofreu um acidente em 2011, do qual precisou fazer uma amputação e retirar a perna esquerda, para usar prótese desde então.

Vale destacar que F63 é a categoria para atletas que tenham deficiência física de grau moderado em uma das pernas, ou com ausência de pernas acima do joelho, e essa atleta paralímpica que pratica arremesso de peso; lançamento de disco e dardo; basquete em cadeira de rodas, além de ser “crosfiteira”, usa as redes sociais para compartilhar um pouco da rotina de treinos.

Jhonatan Bento Gamarra e Jean Adriano Rodrigues, pela Associação Campo-Grandense Paradesportiva Driblando as Diferenças (ADD-MS), também trouxeram duas medalhas de bronze para MS, no Arremesso de peso F35 (9,02m) 5.000m T37 (20min32s71), respectivamente, no Brasileiro de Atletismo do ano passado.

Sobre essa edição 2022 do brasileiro de atletismo, a técnica da ADD-MS (clube que trouxe cinco medalhas para o Estado), Marli Cassoli, comentou que nem mesmo o menor número de atletas fez com que minguasse as chances desses representantes regionais.

“Foi estranho para mim pela primeira vez ir para um Brasileiro de Atletismo com tão poucos atletas. Mas foi bom, foi maravilhoso, transformamos nossa situação”, celebrou após a competição.

Importante também apontar, segundo o sistema (LEXI) que explica a classificação paradesportiva, que agrupa os atletas e possibilita a competição que:

  • F35: é para atletas com transtorno do movimento e falta de coordenação motora de grau moderado. Alguns deles também com transtorno do movimento de baixo grau nos braços.
  • T37: é para atletas com transtorno do movimento e falta de coordenação motora de grau moderado em um dos lados do corpo.

Ainda, toda a relação com 6.361 contemplados no Bolsa Atleta pode ser acessada clicando aqui.

Mantido pelo governo brasileiro desde 2005, o Bolsa Atleta passou a permitir também – a partir de 2012 – que o candidato tenha outros patrocínios.

“O que propicia que atletas consagrados possam ter a bolsa e, assim, contar com mais uma fonte de recurso para suas atividades”, pontua o Ministério do Esporte.

Fonte: Correio do Estado