Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do 1 º trimestre de 2023 (PNADC/T) mostra que a taxa de desocupação no Estado desacelerou, ficando com a 4ª menor taxa do País.
A pesquisa foi divulgada, nesta quinta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abordando informações sobre o mercado de trabalho e características da população.
Conforme os dados no primeiro trimestre de 2023, Mato Grosso do Sul tinha 2,18 milhões de pessoas em idade de trabalhar, ou seja, 20 mil pessoas (0,9%) a mais em relação ao mesmo período do ano anterior.
Nesse período de começo de ano, a desocupação foi estimada em 4,8%, valor que representa uma variação de 1,5 p.p. em relação ao trimestre imediatamente anterior e de -1,7 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado. Já o nível de ocupação foi estimado em 64,4%.
Com este resultado, o Estado caiu uma posição no ranking entre as Ufs. No mesmo período de 2022, MS ocupava o 3º lugar no ranking de desemprego.
Agora, o Estado fica atrás de Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
Enquanto a população fora da força de trabalho – que não estava nem ocupada nem desocupada na semana de referência em MS – foi estimada em 717 mil.
Carteira de trabalho
Segundo o IBGE, em um ano, houve aumento de 8,6% entre as pessoas sem carteira de trabalho no setor privado em MS.
Em números absolutos, são 1 milhão de empregados no Estado, destes, 715 mil estão no setor privado, 201 mil no setor público e 85 mil trabalhadores domésticos.
Tratando-se de empregados no setor privado o número variou negativamente em 53 mil pessoas, ou seja, queda de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o número das pessoas, ainda no setor privado, sem carteira de trabalho assinada foi estimado em 168 mil, variando em 13 mil pessoas, correspondendo a um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Informalidade
A taxa de informalidade de MS ficou em 34,3% da população ocupada dessa forma. Em números absolutos, são 491 mil trabalhadores nesta situação, sendo que no quarto trimestre de 2022 eram 471 mil.
Em escala nacional, a taxa de informalidade no Brasil ficou em 39%. Entre as unidades da federação, MS é o estado com a 6º menor taxa de informalidade.
As maiores taxas foram registradas no Pará (59,6%) e no Amazonas (57,2%). Já a menor foi registrada em Santa Catarina (26,1%).
Segundo o IBGE, para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.
Empregadores e autônomos
A pesquisa mostra, ainda, que a população ocupada como empregador em MS cresceu 25,8% na comparação com 2022.
Havia 87 mil empregadores, o que demonstra um crescimento de 25,8% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (69 mil).
Enquanto a população ocupada trabalhando por conta própria era de 320 mil no começo deste ano, o que significa um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (292 mil).
Rendimentos
Para o primeiro trimestre de 2023, o rendimento médio real habitual advindo de todos os trabalhos ficou em R$3.161,00.
O número é considerado estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.289,00), sendo 10,5% superior em relação ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.862,00).
Brasil
Conforme os dados do IBGE, a taxa de desocupaçãodo país no primeiro trimestre de 2023 foi de 8,8%, aumentando 0,9 ponto percentual (p.p.) ante o quarto trimestre de 2022 (7,9%) e caindo 2,4 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (11,1%).
Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação aumentou em 16 das 27 Unidades da Federação, mantendo-se estável nas outras 11.
As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%), e as menores, de Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
FONTE: CORREIO DO ESTADO